Paulo em sua carta aos Efésios, afirma o seguinte: “Vocês são filhos queridos de Deus e por isso devem ser como ele. Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus!” (Efésios 5:1-2, NTLH)

Sermos como Deus é sermos Seus imitadores, devemos fazer as mesmas obras, e fazemos porque somos filhos, somos filhos porque nascemos de novo, nascemos do espírito. Nascemos de novo porque nos submetemos a Cristo como Senhor e Salvador, reconhecendo que Ele na cruz morreu em nosso lugar para cumprir a justiça de Deus, e nos concedeu perdão. Temos o perdão não porque fizemos algo que agrada a Deus, porque fomos bonzinhos, mas, por causa da graça de Deus que nos salva por meio da fé em Cristo Jesus. Quando nascemos de novo, Deus derrama por meio do Seu Espírito Santo, Sua graça, Seu amor e nos dá da Sua vida de forma abundante para vivermos neste mundo da maneira que Lhe agrada.

Tendo recebido tudo que precisamos para viver uma vida que agrada a Deus (2 Ped 1:3-4) não temos outra maneira de viver que não seja, naturalmente, fazendo as mesmas coisas que Ele, mas para que isto seja possível, precisamos rejeitar as paixões humanas, o pensamento humano, a forma egoísta, orgulhosa, arrogante e cheia de religiosidade que caracteriza todo homem natural. No novo nascimento Deus nos faz pessoas espirituais. Ele nos concede da Sua vida, recebemos um novo coração, um coração segundo o do Seu filho Jesus Cristo.

Como podemos ser como Deus? Como podemos imitá-Lo? O que caracteriza as obras de um filho de Deus? Este talvez seja o aspecto mais importante a compreender. A pessoa que conhece a Deus, que é Seu filho, revela o Seu amor pelas vidas, pelas pessoas. Trabalha em favor de servir aos outros, manifestando, como Cristo, o amor do Pai pelo mundo. Tem o entendimento claro que não faz para receber algo, mas sim, por ter recebido, por ter sido feito filho de Deus, faz as obras de Deus. Faz porque é, não para ser. Isto que precisamos ter claro em nossa mente.

O amor pelas vidas não se revela através de sentimento, de querer fazer alguma coisa para alguem que gostamos ou que mereça, mas, a qualquer pessoa, independente de quem seja ou do que tenha feito, se gosta ou não de nós, se merece ou não algo bom de nós. O amor de Deus se revela pelo bem que fazemos para as pessoas independente de merecerem ou não a boa obra que praticamos. O amor de Deus se revela, ou tem que revelar por meio de nossa vida de forma integral, alcançando a todos sem exceção, sem regras, sem condição.

Como Jesus falou e Paulo afirmou: toda a lei, tudo que temos que fazer se resume na lei do amor, de amarmos ao próximo (sem condição, sem regras, sem exceção). Porque quem ama não pratica o mal contra o próximo, mas, se move em favor do outro para que conheça, para que cresça e para que chegue à plenitude de Cristo.

Nosso propósito de vida deve ser ajudar, sendo luz, revelando o amor de Deus às pessoas a conhecerem-No, a alcançarem a salvação de sua alma, se reconciliando com o Criator, e conduzindo cada um ao conhecimento, a plenitude de Cristo, a maturidade para que o ciclo de expandir o reino de Deus neste mundo seja uma realidade presente no nosso dia a dia.

Temos, portanto, tendo a consciência de quem somos, correr a carreira proposta rumo ao nosso destino, fundamentados no poder que recebemos por meio do Espírito Santo, para vivermos neste mundo segundo a vontade do Pai.