Paulo reforçando com os Efésios acerca de obedecer uns aos outros, ele reforça a questão do homem amar a esposa e da esposa respeitar o marido, pois compreendia e considerava as diferenças entre homem e mulher e afirma categoricamente que o homem deve amar a mulher e cuidar, como Cristo cuida da igreja e a ama. E ele ao falar da igreja reforça esta questão de amar e cuidar, pois somos membros do corpo e devemos amar e cuidar uns dos outros, como ele escreveu: “O homem deve amar a sua esposa assim como ama o seu próprio corpo. O homem que ama a sua esposa ama a si mesmo. Porque ninguém odeia o seu próprio corpo. Pelo contrário, cada um alimenta e cuida do seu corpo, como Cristo faz com a Igreja, pois nós somos membros do corpo de Cristo.” (Efésios 5:28-30, NTLH).

Como revelamos cuidado e amor de uns para com os outros? Como demonstramos cuidado e amor? Temos que rever nossa maneira de abordar as coisas, de tratar as pessoas, de olhar além do que esperamos e de nossas expectativas com relação as mesmas. Assumimos que as pessoas deveriam amadurecer e compreender quem são porque estão ha muito tempo conosco. Estabelecemos que o amadurecimento é consequência de tempo de não de conhecimento, caminhada e compreensão de quem é.

Falhamos com as pessoas porque não as vemos como membros de um mesmo corpo, não as enxergamos como parte de nós mesmos, mas, como indivíduos isolados que devem buscar o seu próprio crescimento, desenvolver o seu relacionamento com Deus e produzir frutos e servir o nosso propósito. Não as enxergamos como nossa responsabilidade, estando debaixo de nosso cuidado, nós que nos consideramos “mais” maduros na fé.

Quando não cuidamos, demonstramos que não amamos nas nossas ações, mesmo que nossa palavra afirme o contrário, assim como o homem não demonstra amor pela esposa, e nem a esposa quando não respeita o marido. A atitude de amor e respeito são expressão de amor de um pelo outro, assim, também deve ser na igreja, no corpo de Cristo. Cada um deve e precisa demonstrar amor e respeito um pelo outro.

Temos que rever o que estamos fazendo no corpo. Precisamos entender a nossa responsabilidade sobre o amadurecimento e crescimento um do outro. Compreender o nosso papel na edificação, no fortalecimento e no levar cada um a compreender o serviço cristão. Não se trata de religiosidade, de liturgia, mas de viver segundo a natureza e a vontade de Deus entre os homens. Temos a obrigação natural de levar uns aos outros ao crescimento pela transmissão de conhecimento e sendo modelo para que haja o amadurecimento espiritual: a compreensão da realidade espiritual a que fomos inseridos.

Nossa vida não é para ser olhada sob a perspectiva do nosso ponto de vista e nem ser baseada em expectativa sobre as pessoas, temos e somos responsáveis uns pelos outros, somos responsáveis pelo crescimento, pelo amadurecimento, por transmissão de conhecimento, de experiência para que haja em cada vida compreensão da vontade de Deus.

Que possamos amadurecer, chegar à plenitude do Espírito, andando pelo poder concedido por Deus, para que sejamos instrumentos úteis a edificação do corpo e ao crescimento uns dos outros.