A quem servimos?

Paulo escrevendo sua carta aos Gálatas afirma duas coisas importantes sobre o seu ministério que devemos refletir sobre nós e sobre o nosso ministério (papel e responsabilidade diante de Deus e dos homens como corpo de Cristo). Primeiramente ele afirma: “Eu, Paulo, escrevo esta carta — eu que fui chamado para ser apóstolo, não por pessoas ou por meio de uma pessoa, mas por Jesus Cristo e por Deus, o Pai, que ressuscitou Jesus da morte.” (Gálatas 1:1, NTLH).

Por isso, devemos refletir sobre Quem nos chamou. Se não tivermos claro que quem nos chamou para o reino, para desempenharmos um papel no corpo, como membros do corpo de Cristo tenha sido o próprio Senhor, mesmo que tenha usado pessoas para isso, e que estas foram simplesmente instrumentos, vasos para Ele revelar a Sua glória e vontade, agiremos como indolentes muitas vezes diante de nossa responsabilidade e compromisso pessoal que temos que ter com Deus. Precisamos compreender de forma clara o nosso papel, o nosso chamado e por quem fomos vocacionados. Se houver qualquer dúvida ou qualquer falta de entendimento não desempenharemos o papel e nossa função no corpo com o zelo que precisamos fazer. Enquanto acharmos que prestamos contas as pessoas estaremos equivocado no nosso processo de serviço para com as pessoas. Precisamos entender que nós, pessoas, somos instrumentos de Deus para que revelemos, manifestemos a Sua vontade, seja no revelar da Sua glória e virtude, como no processo de conduzir uns aos outros ao amadurecimento e conhecimento da vontade de Deus.

Temos que compreender que o nosso papel é servir, trabalhar pelo amadurecimento dos outros no corpo, e para revelar ao mundo, por meio deste as virtudes e a glória de Deus. O rebanho de Deus, as pessoas não são nossas, mas elas nos foram confiadas para que sejam edificadas e conduzidas à maturidade de Cristo e que pesa sobre nós a responsabilidade de sermos exemplos, modelos para o rebanho, para conduzí-lo ao amadurecimento e a expressão da glória de Deus, somos responsáveis por aqueles que nos foram confiados sejam cheios da plenitude de Cristo e devemos fazer isso, com humildade e muito serviço para as pessoas. Não exigindo destas submissão, mas nos submetendo a elas, prestando o serviço para que cresçam e amadureçam.

E o outro ponto que temos que entender, tanto como líderes como membros do corpo foi a outra coisa que Paulo falou com muita maturidade: “Por acaso eu procuro a aprovação das pessoas? Não! O que eu quero é a aprovação de Deus. Será que agora estou querendo agradar as pessoas? Se estivesse, eu não seria servo de Cristo.” (Gálatas 1:10, NTLH).

Não estamos aqui para servir e nem fazer a vontade das pessoas, mas, servir segundo a vontade de Deus cumprindo o Seu querer, proclamando e ensinando sobre a Sua vontade. Devemos admoestar, corrigir, ajudar, suportar uns aos outros para que todos, todos nós, cheguemos à maturidade. Não podemos negociar o evangelho do Senhor, não podemos usar como barganha para atender os nossos interesses pessoais e nem aos interesses pessoais de quem quer seja. Temos que compreender e incutir na cabeça de todos que fazem parte do reino de Deus que existimos para serví-Lo, atender a Sua vontade, sermos Seus imitadores, praticar boas ações para com as pessoas. Revelar as virtudes do reino.

E somente fazemos assim, quando caminhamos no processo de santificação, de rejeitar tudo que seja pensamento do mundo. Por isso sermos cheios da plenitude de Cristo, lembrando a quem servimos, lembrando que é o nosso Senhor é fundamental para vivermos neste mundo. Não agiremos somente sob a vista das pessoas, mas em toda e qualquer situação, vamos revelar e manifestar a vontade de Deus, submetendo-nos sempre ao Seu querer, reconhecendo sempre quem o Senhor colocou em nossa vida para nos ajudar nesta jornada de crescimento e amadurecimento.

Por isso, não devemos desanimar, mas correr rumo ao nosso destino, à semelhança do Senhor, lembrando que fomos revestidos do poder que foi derramado em nossa vida pelo Espírito Santo para cumprirmos a Sua vontade neste mundo.