Pedro fala sobre como deve ser a atitude de um líder, um pastor do rebanho de Deus: “Eu, que também sou presbítero, dou agora conselhos aos outros presbíteros que estão entre vocês. Sou uma testemunha dos sofrimentos de Cristo e vou tomar parte na glória que será revelada. Aconselho que cuidem bem do rebanho que Deus lhes deu e façam isso de boa vontade, como Deus quer, e não de má vontade. Não façam o seu trabalho para ganhar dinheiro, mas com o verdadeiro desejo de servir. Não procurem dominar os que foram entregues aos cuidados de vocês, mas sejam um exemplo para o rebanho. E, quando o Grande Pastor aparecer, vocês receberão a coroa gloriosa, que nunca perde o seu brilho.” (1 Pedro 5:1-4, NTLH).

Alguns aspectos que precisamos refletir sobre o que estamos fazendo e como estamos fazendo como pastores, como líderes que Deus vocacionou para que as pessoas, membros do corpo, cheguem ao amadurecimento e possam, assim, desempenhar o papel que precisam para que haja o crescimento, a replicação do processo, e assim, filhos possam gerar filhos que sejam frutíferos. Precisamos entender que formar pessoas é levá-las à condição de serem capazes de pensar e agir não conforme pensamos ou desejamos, mas de acordo com o entendimento e conhecimento de Deus para que cumpram o seu papel no corpo com zelo e perserverança.

Quando não levamos as pessoas ao processo de amadurecimento que precisam, então, passamos a ter um controle, um domínio sobre elas, e as levamos em tudo a depender de nós, e esta não é a vontade de Deus. Quando não as conduzimos em todo o processo de amadurecimento, então o que pode acontecer, quando há um desejo ardente de servir a Deus, é a formação de pessoas, que devido a nossa tentativa de exercer domínio, é que procurem o seu próprio caminho. Nem uma atitude, nem outra é da vontade de Deus. O plano e o querer de Deus estão voltados para o processo de formação de líderes que saibam pensar, que tenham comunhão com Ele, que ajam com maturidade em favor do corpo, para o seu amadurecimento.

Quando não seguimos o processo estabelecido pelo Senhor Jesus na formação de discípulos somos responsáveis pelos danos que causamos. Precisamos despertar a nossa consciência para estes fatos. Temos que entender que não somos donos do rebanho de Deus, somos somente, pastores designados e vocacionados por Deus para que todos sejam conduzidos à maturidade. Quando não cumprimos o nosso papel, criamos mais mal que bem para o corpo (para o relacionamento entre as pessoas).

O ciclo estabelecido pelo Senhor está muito além da nossa geração, dos nossos desejos e vontade. Existimos para servir aos outros, para conduzi-los ao amadurecimento, para que como modelos as pessoas possam nos observar e fazer o mesmo com a próxima geração de filhos que forem nascendo. Este é o ciclo normal na igreja, qualquer atitude diferente gera ação segundo a carne, segundo o pensamento deste mundo. E este tipo de atitude não faz parte do reino e nem da vontade de Deus.

Precisamos rever o que temos feito. Temos que repensar nossas atitudes, abandonar todo temor, toda ansiedade e pensamento do mundo, e caminharmos a nossa jornada rumo ao amadurecimento e compreensão da vontade de Deus. Precisamos ter os olhos fixos no exemplo que o Senhor deixou, temos que mirá-Lo como exemplo de atitude e ação que temos que tomar com aqueles que Deus nos confiou.

Somos servos do rebanho, não somos donos, somos responsáveis pelo amadurecimento, crescimento e exemplo para que façam o que é da vontade do Senhor, não podemos desvirtuar o papel do líder. Temos que abandonar toda prática e conceito humano que ainda insistimos em manter dentro da igreja, para que a vontade e o querer de Deus aconteça neste mundo como ela é realizada nos céus.