Quando lemos na carta aos romanos, podemos observar que a atitude do povo de judeu, com relação à lei, não é diferente de nossa atitude frente a religiosidade, querendo receber de Deus o merecimento por meio de nossas obras, com está escrito: “Porém o povo de Israel, que procurava uma lei para ser aceito por Deus, não encontrou o que estava procurando. E por que não? Porque eles procuravam alcançar isso por meio das suas ações e não por meio da fé. …” (Romanos 9:31-33, NTLH).
Precisamos compreender este aspecto que não é por nossas obras, mas através da graça, da revelação de Deus que podemos crer e conhecer a Sua vontade. Precisamos entender que Ele se revela por meio da Sua mensagem, como está escrito: “Mas nem todos aceitam a boa notícia do evangelho. Foi Isaías quem disse: “Senhor, quem creu na nossa mensagem?” Portanto, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo.” (Romanos 10:16-17, NTLH). A salvação, a reconciliação com Deus não depende de nós, do que fazemos, mas unicamente da graça, por meio da fé em Jesus Cristo. Portanto, para que as pessoas possam crer, precisa haver a pregação a respeito de Cristo. Sem este anunciar, sem o revelar de Jesus, não pode existir a salvação, pois não será revelada a graça, e nem existirá a fé para que possam crer.
Por isso, Paulo escreveu: “Mas como é que as pessoas irão pedir, se não crerem nele? E como poderão crer, se não ouvirem a mensagem? E como poderão ouvir, se a mensagem não for anunciada? E como é que a mensagem será anunciada, se não forem enviados mensageiros? As Escrituras Sagradas dizem: “Como é bonito ver os mensageiros trazendo boas notícias!”” (Romanos 10:14-15, NTLH).
Quem anuncia a mensagem? Como ela é revelada? Como é possível anunciar a Cristo? Por palavras? Sim, por meio de palavras, mas estas precisam e tem que ser confirmadas por meio das obras. Por que? Por que as obras testificam a palavra, confirmam o que é afirmado. Por isso, não adianta falar do reino, do amor de Deus, da Sua graça e misericórdia, se não testificarmos por meio de nossas ações entre nós, e para com as pessoas. O anunciar de Cristo, do reino de Deus, da chegada ao reino se dá por meio de nossas palavras e nossas ações perante as pessoas. É isto que precisamos entender. Não adianta falarmos de graça, se não a manifestarmos, não adianta falarmos de misericórdia, compaixão e amor, se nas nossas atitudes para com o crédulo e para com o incrédulo, não revelamos em ação o que pregamos com palavras.
Por isso, precisamos entender a questão das riquezas de Deus, da profunidade do Seu conhecimento, Sua sabedoria, e o Seu plano para com a igreja, o corpo de Cristo, como Paulo escreveu: “Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o seu conhecimento e a sua sabedoria! Quem pode explicar as suas decisões? Quem pode entender os seus planos? Como dizem as Escrituras Sagradas: “Quem pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos? Quem já deu alguma coisa a Deus para receber dele algum pagamento?” Pois todas as coisas foram criadas por ele, e tudo existe por meio dele e para ele. Glória a Deus para sempre! Amém!” (Romanos 11:33-36, NTLH).
Enquanto não compreendermos quem somos, a obra Dele em nós, a capacitação recebida; se não compreendermos que fazemos parte de um corpo e que o nosso papel é revelar as Suas virtudes e manifestar a Sua multiforme sabedoria, a Sua misericórdia e graça não poderão ser compreendidas.