Quando lemos acerca da lei, da vontade de Deus, não era com a arca, com os querubins, com o propiciatório (representação de coisas espirituais), mas Deus estava e queria que o povo aprendesse sobre valores eternos, sobre o que é importante e que Jesus reforçou no seu exemplo de vida, como podemos ler no livro de Êxodo: “— Não espalhe notícias falsas e não minta no tribunal para ajudar alguém.” (Êxodo 23:1, NTLH). “Não siga a maioria quando ela faz o que é errado e não dê testemunho falso para ajudar a maioria a torcer a justiça. Não faça injustiça, nem mesmo para favorecer o pobre.” (Êxodo 23:2-3, NTLH). “Se o jumento dele (teu inimigo) cair debaixo da carga, não o deixe ali, mas ajude o dono a pôr o animal de pé.” (Êxodo 23:5, NTLH). “— Quando um pobre comparecer ao tribunal, não cometa injustiça contra ele. Não faça acusações falsas, nem condene à morte uma pessoa inocente. Pois eu condenarei aquele que fizer essas coisas más.” (Êxodo 23:6-7, NTLH). “Não aceite dinheiro para torcer a justiça, pois esse dinheiro faz com que as pessoas fiquem cegas e não vejam o que é direito, prejudicando assim a causa daqueles que são inocentes.” (Êxodo 23:8, NTLH).
Quantas destas coisas desprezamos e desconsideramos no nosso dia a dia nos relacionamentos que desenvolvemos? O quanto esquecemos da justiça de Deus, dos valores eternos e priorizamos o que achamos ser importante? Quanto damos valor a aparência, usamos coisas materiais para espiritualizar, seja sobre o local de reunião, o sacramento da ceia, e tantas outras coisas, mas esquecemos do importante: da justiça, dos relacionamentos que revelam o caráter e a vida de Deus em nós?
Precisamos parar e refletir sobre nossas ações, sobre o que pensamos ser importantes, precisamos compreender quem somos, o que Deus fez em nossa vida: o novo coração. Não podemos viver uma vida de religiosidade, priorizando coisas sem importância, priorizando o que Deus não priorizou, dando destaque para o que Ele não deu valor na nova aliança, mas continuamos, persistimos em deixar de lado aquilo que sempre foi importante: a justiça de Deus. Somente somos e seremos capazes de revelar Deus quando dermos a verdadeira importância para os aspectos de cumprir e realizar a Sua vontade, de manifestar a verdadeira justiça no cuidado com os outros.
Por isso, valores como cuidar, repartir, ajudar quem precisa, não voltar a cara para as pessoas diante de suas necessidades são mais importantes e presentes em todas as alianças, é mais importante que aparência, que grandes salões, que investimento em coisas materiais e que não traduzem a verdade do reino.
Precisamos ser fiéis e revelar a justiça de Deus em tudo o que fizermos, precisamos cumprir a lei (vivê-la de forma prática no dia a dia), precisamos revelar misericórdia e compaixão aos homens para que Deus seja glorificado e exaltado por nosso intermédio. Precisamos ser pecadores arrependidos que revelam a graça e o amor de Deus neste mundo, e não religiosos hipócritas em busca de interesses pessoais e no realizar da nossa vontade.