Assim como o Senhor falou ao povo de Israel por meio de Ezequiel, assim Ele nos fala em nossos dias:”Os filhos são de duro semblante e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus.” (Ezequiel 2:4).
Quando nos posicionamos, criticamos, nos opomos aos outros defendendo o nosso ponto de vista, nossa visão o que de fato estamos demonstrando? Graça? Misericórdia? Compaixão? Longanimidade para com os outros? Ou o que estamos fazendo é simplesmente defendendo nossos interesses, nossa opinião, ponto de vista e não nos preocupamos com a repercursão que isto pode ter para o evangelho e para o reino de Deus?
Precisamos aprender a ter um coração quebrantado e compungido diante de Deus e da Sua palavra. A função da palavra não é buscarmos a fonte para defendermos o que pensamos, mas, para compreendermos a vontade de Deus e andarmos segundo esta vontade.
A questão em toda a palavra não é a defesa de um ponto de vista ou pensamento, mas, o ensinar uma atitude de manifestação de graça, de revelar a natureza de Deus, as Suas virtudes nos nossos relacionamentos. O problema não é a limitação do outro, mas a nossa capacidade de suportar esta limitação e ter comunhão e conviver com este que pensa e age diferente. A questão não é o criticarmos por seu posicionamento, mas agirmos como membros do corpo para a edificação de todos. O problema não é o que pensamos e entendemos, mas como agimos para que haja o crescimento e amadurecimento do corpo.
A questão não são as diferenças de opinião, mas a nossa capacidade de lidar com as limitações, diferentes opiniões e ainda assim, demonstrarmos honra e amor para com o próximo. O problema não é a nossa vontade, mas, o quanto temos empenhado para o amadurecimento e crescimento do corpo.
Como precisamos repensar, julgar a nós mesmos, revermos nossa atitude, nossa fala, a expressão do nosso ponto de vista. Não é que não devemos falar, expressar, afirmar sobre o nosso entendimento, o que não podemos é usar nosso conhecimento, nosso entendimento para julgar os outros e considerá-los inferiores a nós mesmos.
Por isso, quando Jesus disse sobre a trave e o cisco, o que Ele queria nos ensinar é que o problema não é o outro e nem os seus defeitos, mas nós, assumindo que conhecemos mais, entendemos mais, sermos capazes de julgar, condenar, rejeitar e não tratar como uma parte mais fraca, com compaixão, mas , sermos algozes juizes dos defeitos e falhas dos outros e não sermos capazes de enxergar que estamos sendo piores que eles.
Temos que rejeitar o coração segundo a natureza humana. Morremos para os valores e pensamentos humanos, não estamos neste mundo para defender o nosso ponto de vista, precisamos, sim, aprender a andar diante de Deus e dos homens com um coração quebrantado e compungido, capaz de compreender, entender as deficiências e falhas dos outros, e agirmos em favor do amadurecimento do corpo.