Abraão, sendo velho e também, Sara, recebem o milagre de Deus: o filho Isaque, e este era o filho da promessa. Filho que Deus disse que através dele abençoaria todas as nações da terra, mas depois do seu nascimento o que Deus pede? “Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado. Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe. Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.” (Gênesis 22:1-5).
O que podemos aprender diante desta situação? O filho da promessa sendo por Deus clamado para ser oferecido como sacrifício… e o que faz Abraão? Contesta? Reclama? Questiona Deus sobre o que Ele tinha falado previamente sobre Isaque como sendo o herdeiro da promessa?
Não. Abraão não faz nada disto e logo de madrugada, levanta pega o seu filho e irá realizar o pedido de Deus. Por que ele faz isso?
A provação que nos sobrevêm como veio sobre a vida de Abraão não tem outro intuito que não sondar o nosso coração, nos permitir conhecer a nós mesmos e o quanto confiamos no Criador, o quanto descansamos nele e o quanto o salmo 23 é uma realidade em nossas vidas. A provação não é para Deus conhecer o nosso coração, mas para que nós conheçamos e aprendamos a confiar e a descansar mais e mais no Criador.
Por que Abraão cumpriu a ordem de Deus de imediato? Por um simples motivo: ele sabia que Deus era poderoso para ressucitar Isaque dos mortos. Ele conhecia e compreendia a soberania, o poder e o domínio de Deus. Ele não tinha dúvidas, ele confiava e sabia que o plano e as promessas de Deus para a sua vida seriam realidades sempre independente do que pudesse acontecer com Isaque.
Precisamos compreender que o que deve nos mover não são nossas crenças, nem nosso conhecimento, mas a fé, a fé que provém de Deus, que tem origem no Criador, e nos leva a agir, segundo as verdades eternas do Criador. Tudo que fizermos, falarmos se volta para revelar e manifestar o Criador. Este é o fundamento da fé. A fé não se origina em nós, e nem tem como fundamento resolver os nossos problemas, mas sim, se origina em Deus, nos é ensinada, aprendemos, conhecemos, compreendemos e pelas provações, pelo nos conduzir a confiar no Criador, se volta em ação para o Criador, assim como aconteceu com Abraão diante do que tinha que fazer.
As provações são para que compreendamos o quanto crescemos, o quanto amadurecemos, o quanto confiamos em Deus diante das lutas que temos que enfrentar neste mundo para revelar o Seu reino. Temos que aprender a caminhar pelo “vale da sombra e da morte” onde não temos qualquer perspectiva do que possa acontecer ou por quanto tempo irá durar, mas podemos ter a certeza que, confiando em Deus, iremos atravessar porque podemos confiar no Criador. Por isso, por mais bizarra, por mais sem sentido que possa parecer, podemos ter a convicção que Deus tem tudo sob o Seu controle e domínio.