Há uma diferença muito grande entre estar cego e sob o domínio do pecado, escravo do pecado e ter sido liberto deste domínio.
Jesus com Sua obra na cruz nos libertou do poder e do domínio do pecado, nos transportou por meio do Seu sangue para o reino de Deus. Ele nos deu vida, restaurou a visão e rompeu as algemas que nos mantinham presos e escravos do pecado.
Na cruz concedeu-nos um novo coração, uma nova vida, deu-nos da vida de Deus, da vida eterna do Criador para que a revelássemos por meio da igreja no mundo, é por meio da igreja, por meio dos filhos de Deus que o Seu reino é revelado neste mundo e a Sua vontade é cumprida.
Precisamos entender este nosso papel no mundo, por isso precisamos correr a carreira proposta, precisamos esmurrar o corpo e não nos sucumbir ao pecado.
Tendo a consciência da libertação, da obra realizada por Deus, precisamos aprender a rejeitar o pecado, a recusar a se submeter a vontade da natureza humana, temos que aprender a rejeitar a cobiça que gera o pecado e que tem origem no homem natural. Fomos libertos para não sermos escravos do pecado, mas, para, como fihos, revelar a natureza do Pai.
Não é uma questão de pecar, de cair, mas, nossa reação diante das nossas falhas, de nosso pecado. Se desistimos, se desanimamos, então estamos cedendo aos interesses do príncipe deste mundo. Mas, se nos levantarmos, erguermos a nossa cabeça, arrependermos do nosso pecado e continuarmos a nossa luta, a nossa jornada rumo à semelhança do Senhor, então entenderemos o que Deus falou a Caim: ” Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. ” (Gênesis 4:6-7, BEARA). Com palavras diferentes Tiago escreve a sua carta, mas afirmando a mesma coisa: ” Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. ” (Tiago 1:14-15, BEARA)
O que precisamos fazer? Precisamos aprender a conhecer a nós mesmos, a identificar os sinais, a estarmos atentos ao que nos é apresentado para não sucumbirmos à nossa cobiça, aos nossos medos, temores, fraquezas. Temos que estar com os olhos atentos Naquele que nos chamou.
Como não sucumbir ao pecado? Simples, observando e aprendendo com os erros e pecados que cometemos. Podemos cair uma, duas, três ou mais vezes, mas se não observarmos o que nos leva ao pecado, não seremos capazes de resistir e rejeitar. E assim, se não observamos, então cairemos e permaneceremos em uma atitude de pecado. Mas se, ao cairmos, observamos, compreendemos o processo, e passamos a estar atentos às condições e situações que nos levam a não dominar o pecado, então seremos capazes de identificar, e assim, rejeitar a atitude e ação contrária a natureza de Deus.
O processo de amadurecimento, de crescimento, de buscarmos a semelhança do Senhor, não é uma jornada sem tombos, sem quedas, muito pelo contrário, é como um processo de aprender a andar de bicicleta, de patins ou skate, dominaremos o pecado através das muitas quedas e do observar os passos que nos levaram ao tombo.
Não nos sujeitarmos à cobiça, não cedermos aos temores, não deixarmos nos envolver pelos medos, mas mantermos os olhos atentos, lembrando das promessas que nos levará onde Deus deseja que estejamos, para sermos instrumentos úteis ao Seu reino.