Três coisas importantes no aspecto financeiro

A primeira coisa que aprendemos no mundo é que temos que estar em dia com as novidades, precisamos ter as últimas coisas, caso contrário não somos nada. E no aspecto religioso aprendemos que não precisamos nos preocupar com o dia de amanhã e traduzimos isso, no conceito que não precisamos fazer poupança para enfrentarmos os dias de escassez. Nem um conceito e nem outro é uma verdade.

No livro de provérbios podemos aprender que devemos trabalhar e poupar e que devemos aprender com as formigas: ” Vai ter com a formiga, ó preguiçoso,  considera os seus caminhos e sê sábio.  Não tendo ela chefe,  nem oficial, nem comandante,  no estio, prepara o seu pão,  na sega, ajunta o seu mantimento.” (Provérbios 6:6-8) e também: “as formigas, povo sem força;  todavia, no verão preparam a sua comida;” (Provérbios 30:25) e também, lemos:  “O que ajunta no verão é filho sábio,  mas o que dorme na sega é filho que envergonha.” (Provérbios 10:5).

A poupança, a reserva é algo fundamental na vida de qualquer pessoa para sobreviver aos momentos de dificuldades e as lutas. Se todos aprendessem e tivessem consciência desde o início de sua jornada de trabalho, na tenra idade, e guardassem entre 10% e 20% de sua renda, não padeceriam nas crises e não se preocupariam na velhice com o sustento.

Mas precisamos olhar isto à luz não de uma mão remissa, mas uma mão diligente, ou seja que se empenha no que faz e faz com dedicação, como para o Senhor, como está escrito em provérbios: “O que trabalha com mão remissa empobrece,  mas a mão dos diligentes vem a enriquecer-se.” (Provérbios 10:4). Enriquecimento, ser rico não é uma questão de quanto ganha, mas de como gasta o que ganha. Por isso, no trabalho, no serviço que prestamos, não podemos fazer mais ou menos, não podemos fazer com preguiça, mas precisamos ser diligentes, esforçados, fazer com esmero e com qualidade para o Senhor e não para homens.

E no contexto da vida de igreja, precisamos entender que temos e podemos repartir com aqueles que necessitam, e não fomos criados e nem existimos no reino de Deus para sermos avarentos: ” A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais;  ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda.” (Provérbios 11:24).

Quando entendemos o fundamento do trabalho, de como devemos trabalhar, para quem trabalhamos, quando compreendemos que tudo que ganhamos não é para ser gasto em consumismo, e nem para termos da última tecnologia e que não podemos viver gastando tudo de forma desenfreada, mas, que precisamos poupar e nos preparar para a época das “vacas magras”, como José aconselhou no Egito, e que o que produzimos ou ganhamos não é para nós, mas para repartirmos, para ajudarmos uns aos outros, então andaremos segundo o fundamento financeiro da vontade de Deus e não segundo o pensamento deste mundo e nem sendo avarentos.

Precisamos entender que a abundância, a riqueza não é uma questão de quanto ganhamos, mas sim, de como gastamos, como usamos o que ganhamos e como nos preparamos para os momentos de crise financeira que nos sobrevêm. Isto não é uma questão de acharmos que Deus não cuida de nós, muito ao contrário, é termos a convicção de que Quem provê todas as coisas é Deus, e que na abundância, não é para sermos perdulários, mas usarmos com sabedoria e discernimento.

Que possamos entender estas coisas simples e práticas em nossa vida material e usarmos estes conselhos de Salomão para vivermos uma vida dentro do propósito de Deus.