Não associar com o impuro

Quando lemos e ouvimos que não podemos nos associar aos impuros, o que vem à nossa mente? Que entendimento temos?

É sobre isso que precisamos refletir, como não nos associar se temos que levar a igreja ao mundo, para que seja luz? O que significa “não associar”? Quando olhamos a luz da velha aliança, o que podemos observar é uma separação com relação aos povos que cercavam a nação de Israel, era uma separação física, como podemos observar no texto a seguir: “Não exterminaram os povos,  como o Senhor lhes ordenara.  Antes, se mesclaram com as nações  e lhes aprenderam as obras;  deram culto a seus ídolos,  os quais se lhes converteram em laço;  pois imolaram seus filhos  e suas filhas aos demônios  e derramaram sangue inocente,  o sangue de seus filhos e filhas,  que sacrificaram aos ídolos de Canaã;  e a terra foi contaminada com sangue.  Assim se contaminaram com as suas obras  e se prostituíram nos seus feitos.” (Salmos 106:34-39), e este entendimento de separação física, de compreensão que o impuro é aquele que não conhece a Deus, o ímpio. Mas é sobre isto que Paulo escreve e ensina? Não podemos estar junto aos pecadores? Foi este o exemplo de Jesus?

Paulo escrevendo aos irmãos de Corinto afirma o seguinte: ” Já em carta vos escrevi  que não vos associásseis com os impuros;  refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo.  Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão,  for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais.” (1 Coríntios 5:9-11)

Fica assim, claro para nós, que não podemos associar com quem se diz irmão e vive da mesma maneira daqueles que não conhecem a Deus. Com quem desconhece a Deus, Sua vida, Sua vontade é para andarmos juntos, é para sermos como Jesus, seguir o mesmo exemplo, ou seja, sermos amigos dos pobres e dos pecadores. Temos que ser pelo simples motivo de sermos luz, de sermos sal, para revelarmos a vida de Deus e proclamar, em palavras e obras, as virtudes Daquele que nos libertou das trevas. Temos que estar junto daqueles que não conhecem a Deus, para fazer o nome Dele conhecido de todos os homens, para que todos possam ver a luz e se achegarem a ela.

Mas, com relação àquele que afirma ser irmão, que diz conhecer a graça, o amor de Deus, Sua vontade e vive como um “ímpio” não podemos nos associar. Não podemos andar juntos, não podemos comungar com Ele. Não podemos aceitar o pecado como algo normal, como aceitável na vida de um “filho” de Deus. Deus não comunga com o pecado. Precisamos entender este fundamento básico da vida com Deus. Se somos filhos de Deus, o pecado não pode fazer parte da nossa vida, não podemos manifestar e nem revelar os frutos da carne. Temos que santificar o nosso procedimento. Temos que viver segundo a natureza Daquele que nos chamou. E não podemos aceitar como algo normal o pecado na vida de comunhão da igreja.

A igreja, a assembleia, a comunidade dos santos é a expressão viva do Criador, é a manifestação da Sua vontade entre os homens, e portanto, não se pode deixar contaminar com o pecado. Não pode andar de “mãos dadas” com aquilo que representa o oposto da natureza de Deus. Temos que compreender isso, e retirar do nosso meio todo tipo de pecado e expressão da natureza do homem, para revelarmos Deus.