Nossa rebeldia nos impede de ver o óbvio

A rebeldia é algo presente em nossa vida. É o motivo da nossa queda, da nossa morte espiritual e nossa separação da vida de Deus. E é esta rebeldia que nos mantém distantes e incapazes de enxergar o que Deus está nos falando e querendo nos ensinar, como Ele falou ao profeta Ezequiel: “Filho do homem, tu habitas no meio da casa rebelde, que tem olhos para ver e não vê, tem ouvidos para ouvir e não ouve,  porque é casa rebelde.” (Ezequiel 12:2).

Este é o ponto que temos que refletir com relação à nossa vida. A rebeldia não é uma questão de acharmos que estamos sendo, mas sim, de na prática agirmos como tal. Rejeitamos o governo de Deus, desprezamos as admoestações, nos revoltamos com relação ao que nos falam, e não paramos para refletir sobre o que estão nos falando, ou o que Deus quer nos ensinar diante das situações.

E o importante que precisamos entender é que eu posso achar que o outro está sendo rebelde, como ele pode acha que sou eu, isto que precisamos entender. Quando estamos dispostos a defender o nosso ponto de vista, nosso entendimento, e não abrimos o nosso coração para julgar o que estamos fazendo, mas procuramos nos desculpar diante das situações, então, temos verdadeiramente que refletir sobre nossas atitudes, pois podemos estar sendo rebeldes e não enxergamos a nossa situação.

Não estamos discutindo aqui a questão de querer servir a Deus, de fazermos a Sua obra, mas de estarmos fazendo, realizando segundo o que Ele quer ou o que o nosso coração deseja e principalmente, se estamos subordinados ao Seu governo. Mas, como podemos compreender se estamos ou não sendo rebeldes? Quando analisamos as nossas obras, quando refletimos sobre a motivação para fazer as coisas. Não se trata do quanto fazemos, mas de como e porque fazemos, é isto que precisamos entender. Não se trata de defender uma causa ou os nosso interesses, mas, do quanto estamos subordinados e realizando segundo o coração do Criador, sendo testemunhas e exemplo para o rebenho.

Nossa vida deve e tem que estar totalmente aberta para julgar todas as coisa que ouvimos. Temos que refletir e repensar à luz de toda a teoria que temos ouvido, e assim, nos submetermos à vontade de Deus. Não se trata de defender os nossos interesses e nem a nossa vontade, mas de sermos capazes de criticarmos a nós mesmos e o que estamos fazendo à luz do que Deus está nos falando. Se não formos, então, estamos nos rebelando de fato contra a autoridade e o governo Dele sobre a nossa vida.

Não podemos ser rebeldes. Temos que remover a trave de nosso olho, temos que ser críticos com relação às obras, palavras e ações que realizamos. Não temos que agradar a nós mesmos, não podemos nos sucumbir aos nossos desejos e interesses. O objetivo não somos nós, não é a nossa vida, não é o nosso propósito, mas, a vontade e o querer de Deus por meio da nossa e da vida daqueles que nos cercam.

Temos que aprender a dependência, a reconhecer que precisamos, como Davi, da condução do Criador. Fomos chamados para revelarmos o reino, para edificarmos uns aos outros, para sermos instrumentos para que o amor e a graça de Deus sejam conhecidos de todos os homens, por meio da igreja e não para atender aos nossos desejos e sonhos.