Palavras revelados por Deus a Ezequiel durante o exílio da nação: ” Porque tu não és enviado a um povo de estranho falar nem de língua difícil, mas à casa de Israel; nem a muitos povos de estranho falar e de língua difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos tais te enviasse, certamente, te dariam ouvidos. Mas a casa de Israel não te dará ouvidos, porque não me quer dar ouvidos a mim; pois toda a casa de Israel é de fronte obstinada e dura de coração.” (Ezequiel 3:5-7).
Quando olhamos o que Deus nos fala, o que nos ensina, quando nos chama para sermos os Seus imitadores como filhos, a revelarmos a Sua vida perante os homens, nós damos a atenção devida?
Quando ouvimos sobre igreja, sobre comunhão, sobre quebrar paradigmas, temos ouvido? Ou permanecemos como estamos? Não mudamos o nosso pensar, não revisamos o nosso conceito. Quando ouvimos de graça, de misericórdia, da bondade de Deus para conosco, como reagimos com as pessoas que estão à nossa volta? Somos intolerantes? Não revelamos a mesmas atitudes que Deus manifestou para conosco?
Somos capazes de despejar regras, condições, formalidades e aparência, mas não damos valor a graça, a misericórdia que temos que revelar para com as vidas. Impomos regras, estabelecemos condições, definimos aparência, mas não somos capazes de revelar amor e nem compaixão.
Despejamos regras e mais regras, chamamos as pessoas de cegas e duras de coração, e não enxergamos que nós é que estamos sendo cegos, obstinados e duros de coração para com as palavras proferidas por Deus. Não fomos chamados para por regras, estabelecer condições para as pessoas. Não são as pessoas que tem que vir até nós, não são elas que têm que se adequarem e parecerem conosco. Não é este o princípio e razão da igreja. Temos que entender que temos a obrigação, o papel de levar a igreja, de manifestar Deus aos homens. A questão não é trazer as pessoas à igreja, mas levar, em nosso dia a dia, na comunhão, e precisamos compreender que ajuntamento, festa, não é comunhão, mas sim, revelar as virtudes de Deus a todos os homens, como testemunhas vivas, como cartas, como bom perfume.
Ser luz neste mundo, não é onde estamos para que as pessoas venham, mas sermos luz onde estão as trevas, onde não enxergam. E levamos luz, revelando as virtudes de Deus entre os homens e não através de atitudes que falam mais de aparência que transformação realizada por Deus em nossa vida.
Ser sal é fazer diferença onde não existe a vida de Deus revelada, é no nosso dia a dia, no relacionamento com as pessoas, em casa, no trabalho, na rua, na forma de fazermos as coisas, nas nossas ações e reações diante dos fatos, manifestarmos as caracteristicas e natureza de nosso Deus.
Precisamos parar de impor regras, de estabelecer condições, de determinar que é a forma de vestir, de falar, de andar, na aparência que está a verdadeira religiosidade. Precisamos parar de querer espiritualizar coisa materiais, mas precisamos materializar no nosso dia a dia, no nosso relacionamento, nas atitudes toda a realidade espiritual que experimentamos e vivemos.
Precisamos parar de olhar sob a nossa perspectiva, e aprendermos a olhar segundo o nosso Deus e assim, deixaremos de ser obstinados e duros de coração e manifestaremos as virtudes Dele entre os homens.