Paulo falando, perante o tribunal em que estava, afirmou pelas palavras de Jesus para ele: “livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim. ” (Atos 26:17-18).
Este é o papel que devemos compreender que é o nosso. Não se trata de nós, de nossa salvação, mas de nos empenharmos para que aqueles que ainda não conhecem a luz, vejam a luz que está em nós. Precisamos ser luz, precisamos ser sal nesta terra. Pois se a nossa vida não traduz em tudo o reino de Deus, não estamos vivendo a Sua vontade e nem exercendo com zelo e diligência o papel que nos é atribuído como cidadãos do reino de Deus.
Preocupamos conosco, em nos defender, em defender o nosso ponto de vista, lutamos e discutimos por causa de “besteiras” e coisas sem importância porque não estão claras e desprezamos o que é óbvio, o fundamento do que deve nortear os nossos atos.
Nos preocupamos tanto conosco, que esquecemos que a nossa razão de viver está no oferecer a nossa vida em favor do outro. Esquecemos que a verdadeira expressão de vida está no amor ao próximo, em levar e revelar vida, em ser luz, em manifestar as obras de Deus entre os homens. Nos preocupamos conosco, com a nossa religião, que esquecemos que o nosso papel é trazer luz àqueles que ainda estão cegos pelas trevas, escravos do poder deste mundo. Esquecemos que o papel da igreja é recuperar e salvar o que está longe da graça de Deus, trazendo todos para a comunhão, e isto, sem exceção, sem condição.
Enquanto não compreendermos que o fundamental da nossa vida é santificarmos o nosso procedimento, tornarmos santos os nossos atos de maneira que Deus possa ser visto através de nós, então, não estaremos cumprindo o nosso compromisso como o reino, de andar segundo a natureza de Deus, de sermos luz e sal neste mundo.
A igreja, nós existimos com o único propósito de revelar Deus e salvar, resgatar das trevas os que estão sob o domínio do príncipe deste mundo que cega todo entendimento. Não se trata de religião, de defender o nosso ponto de vista denominacional, ou a visão do nosso ministério. Não é isto, estas coisas têm valores e importância temporárias, pois somente revela a nossa incompreensão das coisas eternas. Perdemos tanto tempo lutando contra o que não concordamos nos outros, que esquecemos do que seja a coisa mais importante: revelar o mesmo amor do Pai pelo mundo.
Que possamos como Paulo, compreender o nosso papel e nos submeter à vontade de nosso Senhor para sermos o instrumento que Ele precisa para que haja a salvação e os homens sejam alcançados e assim libertos do poder que os escraviza e os domina. Que desempenhemos o nosso papel, como o próprio Jesus disse que era o teu, pois para isso que nos incubiu, Ele nos entregou um reino e somos responsáveis para que a vontade do Pai seja realizada: ” O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,” (Lucas 4:18).
Qualquer outra coisa diferente disto é coisa de homem, é preocupação com o terreno, e não faz parte da vontade de Deus. Esta atitude e a ação neste sentido é a verdadeira expressão de amor para com Deus e para com as pessoas.