Jesus, quando estava no deserto foi tentado nas três áreas: necessidade, poder e provar quem era, como está no evangelho de Lucas. Primeiro: Necessidade – “Disse-lhe, então, o diabo: Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão.” (Lc 4:3); Poder – “Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.” (Lc 4:6) e Provar quem era – ” Então, o levou a Jerusalém, e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse: Se és o Filho de Deus, atira-te daqui abaixo;” (Lc 4:9).
A necessidade está relacionado a qualquer coisa que precisamos no plano material para suprir o que nos falta: alimento, saúde, emprego, segurança. Quantas e quantas vezes nos vemos diante das situações e caimos na cilada, com o conceito de que já somos filhos de Deus, então podemos. Nossa resposta, conhecendo o Pai, tendo o entendimento que tudo, tendo o entendimento que Ele sabe do que precisamos, deve ser: “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede de Deus”. Compreendemos? Tendo Ele ciência de quantos fios de cabelos temos, não irá suprir as nossas necessidades? E tudo o que passamos não é para a glória e louvor do Seu nome?
E quanto a necessidade de poder? Queremos poder? Muitos de nós pode responder que não, mas de fato o que significa a segunda tentação? A necessidade de reconhecimento. Precisamos que as pessoas nos reconheçam. Queremos isso no nosso íntimo. Podemos não querer uma posição de destaque, mas queremos o reconhecimento. Não é isso? Se não temos, não ficamos magoados? Se não nos vêem, não ficamos aborrecidos? O que é isso? Necessidade de reconhecimento. E está relacionado à necessidade de poder. Como fugimos? Como rejeitamos tal pecado? Não esperando nada de ninguém, não esperando o reconhecimento, mas desejando ardentemente que Deus seja glorificado por nosso intermédio, que Ele receba a honra e a glória. Não importa quem fez, não importa como foi feito, mas, que Deus tenha recebido a glória e o louvor, pois só a Ele devemos dar toda honra, todo culto e todo louvor.
E o precisar provar? Precisamos provar que somos fihos de Deus? Que estamos revestidos do poder e autoridade do Espírito Santo? Não. Esta é a terceira área que precisamos entender. Não é uma questão de provar, mas de reconhecermos quem somos, o que Deus fez e agirmos segundo este fundamento. Reconhecendo que fazemos as coisas, realizamos as obras de Deus, cumprimos a Sua vontade não para recebermos, não para termos alguma coisa, mas porque já recebemos, já alcançamos e já temos, pois tudo nos foi concedido em Cristo Jesus, toda sorte de bênção, tudo que precisamos para viver uma vida que agrada a Deus e este deve ser o norte em nossa vida. Vivermos uma vida que agrada a Ele.
Não sendo diferente de Jesus, nós somos tentados nas mesmas áreas, e como não cairmos? Quando nos sujeitamos a Deus. Não existe outra alternativa, não existe outra forma. Quando reconhecemos nossa dependência, quando andamos debaixo da graça, reconhecendo como crianças que dependemos inteiramente de Deus para andarmos neste mundo, para manifestarmos que somos filhos e revelarmos toda a glória do Pai, nos sujeitando a Ele. Como Jesus falou, precisamos negar a nós mesmos, tomar a nossa cruz e seguí-lo. Esta é a única maneira de sermos vitoriosos contra as ciladas do diabo.
Não cair, não ceder, não deixar ser enganado pelo diabo está no fato da consciência que andamos na presença de Deus, que somos o templo, a casa de Deus, morada do Espírito Santo, que nos guia em toda a vontade do Pai. Quando nos sujeitamos a Deus, fazendo a Sua vontade, então somos capazes de resistir ao diabo para que ele fuja de nós. Não podemos, como filhos andarmos e nem nos posicionarmos diferente do que Jesus fez, pois somos seus imitadadores, somos imitadores de Deus como filhos amados.