No que Jesus falou podemos observar a verdadeira expressão de amor ao Pai, onde ele fala:” E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? ….” (Mt 21:28-31).
Refletindo sobre nossa vida, sobre o que fazemos, como fazemos e o que deduzimos? Temos sido de palavra, como qualquer religioso ou nossa vida expressa de fato ação confirmando o amor ao Pai? Jesus afirmou que quem O amasse, cumpriria os Seus mandamentos. No nosso dia a dia, temos amado Jesus em ação, em obras que realizamos, ou temos feito somente de boca?
Não temos sido como os religiosos na época de Jesus? Não temos falado, proclamado, mas na hora de revelarmos quem somos pelas obras, fazemos justamento o que não devemos? Ou seja, ficamos quietos e estabelecemos condições somente para os outros?
São nestas pequenas coisas que temos que refletir, que temos que repensar quem somos, nosso papel e responsabilidade e que significa de fato que obediência é expressão de amor. Não podemos ser hipócritas, não podemos ser religiosos, não estamos aqui para praticar proselitismo, mas, para expressarmos o reino de Deus em tudo o que fizermos, revelar Suas virtudes, sermos expressão da Sua vida e vontade. A igreja existe para revelar a multiforme sabedoria e graça de Deus perante as pessoas. O reino de Deus se revela por meio da igreja, através de obras e não religiosidade. A questão não são liturgias, nem dogmas, e muito menos regras impostas e estabelecidas segundo o pensamento do homem, mas, obediência, cumprimento da vontade do Pai, realizar o Seu querer e manifestar a Sua vida.
Estamos e vivemos neste mundo para revelar o Criador, manifestar ao mundo quem Ele é, sendo espelho da verdade e da justiça de Deus. Vivemos neste mundo para materializar toda a realidade espiritual a que estamos inseridos, não se trata de religiosidade, mas de vida, de obra, de expressão das virtudes do Criador.
Precisamos entender que não é uma questão de falarmos que amamos, que vamos fazer a vontade do Pai, que vamos cumprir com os Seus mandamentos, mas, mesmo não falando, nós fazemos, cumprimos e obedecemos, vivendo segundo a Sua vontade, revelando ao mundo toda a Sua misericórdia, graça e amor pelos homens.
Para fazermos isso, para transformarmos isto em realidade, devemos nos comprometer com a vontade de nosso Senhor, como Ele afirmou, negar a nós mesmos, ou como Paulo, fazermos morrer a natureza humana, carnal e demoníaca, para que a vida de Deus, Sua natureza se revele em nós e através de nós, para que expressemos em obras toda a vontade do Pai. Precisamos fazer o que Paulo afirmou na carta aos romanos: oferecer o nosso corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Isto significa fazer a Sua vontade, morrendo para nós, e expressando em nossa atitude para com os homens todas as coisas que o Pai fez em nosso favor.
O reino de Deus é feito de pessoas que obedecem, que cumprem, que se comprometem com o Senhor e não de religiosos, que falam e não fazem. Por isso, precisamos refletir e meditar que tipo de escolha e quem queremos ser. Filhos que amam e expressam a vontade do Pai? Ou religiosos, cheios de toda hipocrisia e mentira?