Jesus afirmou o seguinte: “Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” (Mt 15:7-9), e ” não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem.” (Mt 15:11).
Com estas palavras, fica claro a situação que não se trata somente de aparência, do exterior, do que aparentamos ser. De regras criadas, de dogmas para serem cumpridos e realizados na frente das pessoas. Mas, é uma questão de interior, de natureza. Deus não olha a aparência. Não se trata de parecermos bons, mas de fato termos a nossa natureza transformada para revelar Deus.
Deus nunca planejou ter um bando de bajuladores e religiosos a ficar diante do Seu trono, falando e falando, Ele sempre buscou verdadeiros adoradores. Adoradores que o adorem em espírito e em verdade, pessoas que se submetem e se compromente com Ele, com o Seu reino e a Sua vontade.
Assim como não se trata de chamar Jesus de Senhor, e sim fazer a Sua vontade. Ele deixa claro nesta passagem que não se trata de expressão de boca, de palavras, mas, de atitude, de ação que vem do coração, que transmite tudo o que somos. Não é uma questão de dogmas e mandamentos criados pelo homem, mas, de uma vida que nasceu de Deus e se compromete com a Sua vontade.
A questão não é o que falamos, é a motivação de nossa vida, a nossa expressão de vida diante do Pai, nos submetendo à Sua vontade, nos sujeitando ao Criador. Isto com um coração que revela dependência, que revela conhecimento do Criador pelas coisas que faz. Deus nos chama para vivermos o Seu reino e a Sua vontade e não uma religião.
Precisamos compreender que um coração transformado, uma fonte que jorra vida, somente acontece e é real quando rejeitamos tudo que procede da natureza humana, mesmo que aparentemente revele, que tenha aparência de sabedoria, mas se não origina no coração do Pai, se não procede de um coração puro e transformado por Deus e que tenha sido criado Nele, e principalmente, que não esteja imbuido de ser discípulo de Jesus, nunca será capaz de ser agradável a Deus.
Conhecer a Deus, viver a Sua vontade, não estar contaminado com as coisas do mundo, desta vida é compreendermos que precisamos morrer para nós, nossa vontade, nossa vida, para tudo que pessoalmente desejamos: seja material, seja para a nossa vida.
O reino de Deus está relacionado a sujeição à vontade de Deus, a compreensão que somos e fomos feitos filhos, e por termos sido feitos filhos, não nos resta alternativa que não seja vivermos como filhos de Deus, revelando em tudo a Sua vontade e a Sua natureza.
A contaminação, a revelação de impureza, a manifestação de uma vida de pecado, de uma vida fora do propósito de Deus não está no que vem de fora para dentro de nós. Não se trata do outro, mas de nós, do nosso interior, do nosso coração. Se andamos segundo o curso deste mundo, o pensamento deste mundo e da humanidade, estamos mortos e contaminados, e não andamos e nem vivemos e segundo o coração Daquele que nos chamou.
Precisamos compreender que uma vida que agrada a Deus, que lhe é aceitável está no fato de reconhecermos a nossa dependência, de nos sujeitamos a Ele, de não nos deixarmos contaminar por este mundo e entendendo quem somos, então vivemos segundo o Seu coração, expressando em tudo a Sua vontade.
Caminhar na Graça 