Jesus, no Getsemani, falou aos discípulos: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mc 14:38).
O que de fato entendemos destas palavras, ou quando Paulo fala que devemos orar em todo o tempo? Que devemos nos separar e ficar em todo o tempo de joelhos, clamando a Deus?
Este é um pensamento religioso que aprendemos e que não traduz o que Ele recomendou e que normalmente não fazemos devido a nossa prática e ensinamento.
Ele afirmou que estaria conosco em todo o tempo até a consumação do século. Ele também, falou que Ele e o Pai viriam e fariam em nós morada, e temos também a convicção que fomos feitos moradas de Deus, somos casa de Deus, que o Espírito Santo mora em nós. Tendo acesso e estando na presença de Deus em todo o tempo como devemos nos portar? Qual deve ser a nossa atitude quando alguém está o tempo todo conosco? Ignorar? Isto que o Diabo deseja que nós façamos, pois não tendo a convicção das promessas de Deus e não tendo o entendimento que Ele está conosco em todo o tempo e que em nós fez morada, nós não viveremos o reino de Deus e nem revelaremos as virtudes do Pai. Se assim pensamos, passamos a não ter o entendimento que o Pai deseja que tenhamos quanto à orar e vigiar em todo o tempo para não cair na tentação e nem nas armadilhas do Diabo.
O que nos conduz a cair, a cedermos às tentações desta era? A falta de consciência da presença de Deus, o entendimento que estamos sozinhos, a não compreensão que fomos santificados, que somos santos, que somos templo e que o pecado cometido na carne impacta o testemunho do reino de Deus. E além disto, o não estar ciente da presença de Deus nos afasta do entendimento que somos filhos, que fomos capacitados e habilitados para viver segundo a vontade e natureza do Pai. Quando não temos a consciência da Sua presença permanente em nós, então o ato de pecar, de cair na tentação é mais “fácil.
Tendo a consciência que somos filhos, que fomos feitos filhos pela misericórdia, somos santificados pelo sangue, que Deus habita em nós, então, diante de tanta graça revelada, não podemos e nem devemos aceitar e sujeitar as promessas que nos são feitas pelos prazeres deste mundo (pensamentos), e se conversamos com Ele em todo o tempo, a consciência do Seu amor, de Sua presença, de Sua santidade e de nosso papel neste mundo para expressão do que Ele é, da Sua vida, da Sua natureza, compreenderemos que não temos motivo algum para nos sujeitar ao pecado. E ao nos sujeitarmos à Deus e Sua vontade, em fazer tudo segundo o Seu coração, então, o Diabo fugirá de nós, e não cederemos aos desejos e pensamentos segundo a natureza humana, mas andaremos como cidadãos do reino, proclamando as virtudes do Criador e cumprindo a Sua vontade.
Uma queda, um tropeção ocorre quando deixamos de fazer isso que Jesus nos recomendou, quando esquecemos que Deus está em nós e fez de nós morada para o revelar da Sua vontade perante todos os homens. Temos que ter o entendimento que somos luz, que somos responsáveis por revelar o reino de Deus e cumprir a Sua vontade. Quando assim agimos, então, mantendo em todo o tempo a atitude de conversar com Ele sobre o Seu querer e desejo, intercedendo uns pelos outros, pedindo, revelando Suas virtudes. Fazendo assim, o pensamento do mundo não dominará o nosso coração, por isso vigiai e orai.
Caminhar na Graça 