Precisamos compreender o que significa comunhão no contexto do corpo de Cristo, caso contrário, pensaremos que estar juntos, que fazermos festa é suficiente e a única expressão de comunhão ao que se refere o que João escreveu: “o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.” (1 João 1:3) e ele também, afirmou: “Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.” (1 João 1:6).
A comunhão tem que expressar o relacionamentro entre os membros do corpo, e esta se revela com o Pai e com o Filho e é fundamental para entendermos a sua importância no contexto do aperfeiçoamento. Precisamos parar com a demagogia de achar que relacionamento é estar junto, é participar de festas e eventos, como sendo única e suficiente maneira de a vivermos.
Comunhão é muito mais profundo, pois revela uma forma de vida, uma maneira de viver da igreja do nosso Senhor. É isto que precisamos entender. Sem este entendimento vivemos muito longe do fundamento que é determinado por Deus e que deve fazer parte da nossa vida.
Na igreja de atos dos apóstolos podemos ter um vislumbre do que significa comunhão: perseverar na doutrina dos apóstolos, no partir do pão, ter temor manifesto em cada alma, estarmos juntos, ter tudo em comum, repartir entre os que tem necessidade, tomar refeições juntos com alegria e singeleza de coração, contar com a simpatia de todo o povo, ser um o coração e a alma, ninguem considerar sua nem uma das coisas que possua, tudo ser comum, e o fundamental é que não haja necessitados entre nós (at 3:42-47, 4:32, 34).
Precisamos compreender a comunhão sob esta perspectiva, ou seja, não é usar as pessoas em nosso benefício e atendimento do nosso desejo, mas sim, servir aos outros, repartir com os outros, suportar aos outros em suas deficiências, limitações. E os que são mais maduros devem suportar a debilidade dos fracos, ser instrumento e modelo para crescimentoe amadurecimento.
Precisamos parar de olhar sob a perspectiva dos outros, das falhas dos outros, das limitações dos outros, mas sermos maduros para ajudarmos os outros no crescimento espiritual para que todos cheguem ao aperfeiçoamento, à plenitude do conhecimento de Cristo Jesus. Sermos e deixarmos ser consumidos para que haja o crescimento. Não devemos nos apartar porque não suportamos, não aguentamos, mas sim, porque o Senhor nos designou para outra coisa e continua a haver benção entre os irmãos, o ajudar, o repartir.
Precisamos entender a comunhão, conforme podemos observar em atos, não como um lugar de perfeição, mas sim, onde os santos perserveram, lutam pela unidade, pelo amadurecimento, pelo crescimento e para que a igreja seja a expressão do corpo de Cristo, da vida de Deus entre os homens. Nesta igreja de atos dos apóstólos, vemos exemplo de atitude que não devemos ter como de Ananias e Safira, exemplos como a igreja de Corinto e tantos outros testemunhos do que não devemos e nem podemos expressar no nosso dia a dia, mas que fazem parte da vida entre as pessoas por falta de maturidade e crescimento espiritual.
A comunhão verdadeira da igreja é expressa quando nos empenhamos na jornada de crescimento e amadurecimento, quando somos diligentes na carreira proposta quanto a santificação do procedimento.
Não existe comunhão quando vivemos na carne, quanto insistimos no egoísmo, na arrogância, no orgulho, na falta de perdão e compreensão da limitação dos outros. Ela só se manifesta quando há o morrer para nós, quando compreendemos a vontade de Deus e nos submetemos a Ele, quando há o sacrifício.