Somos filhos!

Há uma promessa na bíbilia que fala: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (João 1:12-13, BEARA)

Podemos observar que nem todos são filhos de Deus, mas a todos quanto O receberam. Estes não nasceram da vontade humana, nem do esforço humano; mas única e exclusivamente da vontade de Deus. Este é o plano eterno estabelecido em Cristo Jesus, ou seja, tornar-nos filhos, filhos por adoção por meio de Jesus Cristo, o Senhor.

Mas, o que significa receber a Jesus? Trata-se de uma questão do que falamos? Ou das obras que revelamos? Trata de uma decisão de ir à “igreja”, locais de reunião? Trata de rezar ou orar, como queira chamar, todos os dias? Não só isto; estas coisas são expressão parcial de algo profundo e maravilhoso que ocorre na vida de todo aquele que crê que Jesus é o Senhor e Salvador dos homens, aquele que nos reconcilia com o Pai.

Precisamos compreender que vivemos em um estado de rebeldia, de negarmos a Deus pelas obras que fazemos, que queremos ser senhores de nós mesmos, de nosso destino. Queremos guiar a nossa própria vida, como se deus fôssemos. Mas o que podemos acrescentar de tempo a nós mesmos? O quanto somos capazes de determinar o nosso destino? Não, não somos. Mas Deus na sua misericórdia, estabeleceu em Cristo Jesus o sacrifício único, como um cordeiro sem defeito, com o Seu sangue derramado, em nosso lugar; pois a única maneira de haver perdão e reconciliação, seria através da morte; mas um sacríficio onde não houve o pecado presente. E esta é a obra de Jesus Cristo em nosso lugar. Ele se ofereceu para morrer em nosso lugar para que pudéssemos ser reconciliados com Deus.

Tendo nós, reconhecimento deste ato de Jesus, e nos submetemos a Ele; ou seja, O recebemos, como aquele que morreu em nosso lugar e ressucitou para que tivéssemos vida? Ou seja, como Ele próprio falou que para termos a vida de Deus, a vida eterna de Deus, a salvação, precisaríamos negar  nós mesmos, morrer para a nossa vida, para que pudéssemos receber a verdadeira vida.

Quando reconhecemos, pela fé, a nossa morte com Cristo na cruz, e entregamos nossas vidas a Ele; então, nascemos de novo, nascemos agora do espírito, recebemos um novo coração, para vivermos segundo os valores, princípios e fundamentos do Criador.

Jesus disse que quem permanece nele, ou seja, quem está nele, quem o ama obedece, ou seja, vive segundo os seus mandamentos. Ou seja, se nós o recebemos, se nascemos de novo, se fomos feitos filhos de Deus; então somos e temos que ser, como algo natural, decorrente da natureza que recebemos, imitadores de Deus, como filhos amados.

Mas como somos imitadores de Deus, se não somos perfeitos, se não temos como não cometer pecado? Simples, o que precisamos fazer? Desenvolver a nossa salvação; mas como é desenvolver  a nossa salvação? É  iniciamos a nossa jornada de santificação. Mas o que significa de fato e qual a relevância da santificação para as nossas vidas? Primeiramente precisamos compreender que não santificamos para chegar e nem para sermos “mais” aceitos por Deus. O que nos torna e nos faz aceito na presença de Deus é o sangue de Jesus, oferecido na cruz em nosso lugar. Este sangue nos apresenta santos, inculpáveis e irrepreeensíveis. Mas se isto acontece, por que então santificar?

Por isso, precisamos entender que a santificação é para expressarmos através de nosso membros, nosso corpo às obras de Deus, para revelarmos que fazemos a justiça, a misericórdia, a graça, o amor de Deus para com os homens. A santificação tem o firme propósito de revelarmos Deus ao mundo através do que fazemos, do que somos e de como nos comportamos.

Como nos agimos diante das situações que somos colocados? Como fazíamos anteriomente antes de recebermos a salvação? Se sim, ainda não iniciamos como convém o processo de salvação, a jornada de crescimento e amadurecimento, e nem temos confessado a Jesus, e não demostramos que o amamos. Mas se através das escolhas que fazemos, que nos são colocadas; estamos expressando as virtudes de Deus; então, estamos no processo que Ele planejou e escolheu para nós.

Vamos pensar um pouco mais para compreender porque e se somos filhos de Deus, se de fato, nossas vidas estão nas mãos do Criador. O que pensamos acerca do pecado (viver de forma contrária a natureza de Deus)? Temos prazer na  mentira, somos assíduos praticamentes da mentira? Temos prazer na luxúria? Praticamos o roubo, engano, hipocrisia e achamos que é normal? Ou temos determinantemente rejeitado estas coisas, temos falhado muito, mas não queremos estas coisas em nossa vida? Temos vícios e achamos normal, ou rejeitamos completamente? Se temos negado, rejeitado, então somos filhos.

Temos ou não sido vitoriosos nas nossas lutas? Se não temos sido vitoriosos é porque não compreendemos quem somos e nem o que recebemos; por isso, temos agido como crianças espirituais. Nossas vidas não tem sido expressão do Deus vivo e verdadeiro que afirmamos servir.

Quando não temos a consciência de filhos, da capacitação, conforme 2 Pedro 1:3-4; então, sempre tropeçaremos e não teremos sucesso em nossa jornada de amadurecimento, crescimento, santificação, para expressarmos através de nossas obras o Deus que conhecemos e que nos fez seus filhos.

Precisamos entender que a obra de Deus é completa em nossas vidas, Ele fez tudo que precisamos, nos concedeu tudo que necessitamos para viver uma vida que lhe agrada. Precisamos ter o conhecimento, a consciência que nada em nossa vida ocorre por acaso. Tudo tem o firme propósito de nos levar ao amadurecimento, crescimento, conhecimento e compreensão do amor de Deus por nós, e principalmente, termos o entendimento que o maligno não pode tocar os filhos de Deus.

A consciência de filhos, o entendimento da capacitação, nos leva ao desenvolvimento da salvação com temor e tremor diante do Pai. Desenvolvemos este processo, na jornada de negarmos a nós mesmos, e realizarmos a obra de Deus segundo o Seu coração, segundo as Suas virtudes. O compromisso de uma vida com Deus, de serví-lo (precisamos entender que servir a Deus é servir às pessoas) é pessoal, isto é, ninguém pode fazer por mim, somente cada um de nós pode fazer este compromisso com Deus. Quando fazemos o compromisso individualmente; então a expressão deste compromisso se dá de forma coletiva, através da igreja, o corpo de Cristo, seus membros. Quando assim fazemos, então manifestaremos em nossos relacionamentos, nas nossas escolhas o bom perfume de Cristo, seremos cartas vivas, levando a vida de Deus aos homens, cumprindo o nosso papel, como filhos, como embaixadores do reino de Deus neste mundo. Como filhos que honram ao Pai, faremos a vontade Dele neste mundo, manifestaremos o Seu reino entre os homens, sendo luz e sal.

A consciência de filhos, do tesouro depositado em nossas vidas, da expressão do que devemos fazer neste mundo, decorrente de quem somos é fundamental para manifestarmos a Sua vida entre os homens. Aos filhos pesa a responsabilidade de honrar e glorificar o nome do Pai, cumprindo a Sua vontade. Por isso, como filhos, precisamos entender que por sermos é que fazemos, e não fazemos para ser.

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