Desleais com a aliança

No livro de Malaquias podemos ler sobre a deslealdade do povo com relação a aliança que tinha sido estabelecida, e no trecho a seguir podemos ver um exemplo desta atitude: “Não temos nós todos o mesmo Pai? Não nos criou o mesmo Deus? Por que seremos desleais uns para com os outros, profanando a aliança de nossos pais? Judá tem sido desleal, e abominação se tem cometido em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual ele ama, e se casou com adoradora de deus estranho.” (Malaquias 2:10-11, BEARA).

Neste livro vemos este tipo de atitude, a deslealdade para com a aliança estabelecida; mas e nós? Como temos agido com a aliança promulgada por Jesus Cristo, a nova aliança? Jesus em todo o seu ensinamento fala de negarmos a nós mesmos, tomarmos a cruz e seguí-lo; fala que não dá para servir a dois senhores, não dá para servir a Deus e as riquezas; fala para buscarmos em primeiro lugar o reino de Deus e não nos preocuparmos com as coisas deste mundo; fala de honrar uns aos outros, de amar uns aos outros; fala de perseverarmos e lutarmos pela unidade do Espírito; fala de expressão de amor como obediência aos seus mandamentos; fala de obedecermos para revelarmos que estamos Nele e Ele em nós. Assim como Paulo fala de oferecermos a Deus como um sacrifício vivo, oferecer os nossos membros a justiça; fazermos morrer a natureza humana.

Tudo isso são ensinamentos, são palavras que devemos observar e que fazem parte da aliança, da nova aliança. Fica assim claro que não podemos viver dois reinos, não podemos ser do mundo e do reino de Deus; mas o que fazemos?

Desprezamos! Não fazemos, não ensinamos, e achamos que está tudo bem. Achamos que é assim mesmos, que se podemos viver o reino de Deus “mais ou menos”, com um pé no mundo e outro nos valores do reino. Esta atitude demonstra o quanto estamos enganados, o quanto ainda não compreendemos, e pesa sobre nós as palavras de Jesus falada a igreja de Laodicéia, em apocalipse. Na realidade com esta atitude estamos sendo mornos, achamos que somos ricos; mas somos pobres. Temos, com esta atitude sido desleais a aliança, as promessas e não temos honrado ao nosso Deus e nosso Senhor.

Precisamos compreender que não dá para viver o reino de forma “mais ou menos”. Ou somos do reino ou do mundo. Se achamos que podemos permanecer com os pés nos dois; estamos de fato, sendo do mundo. Estamos vivendo uma hipocrisia e negando ao próprio Senhor. Podemos ser religiosos, mas não somos filhos de Deus, não o honramos e não o amamos; pois não fazemos o que expressa o amor a Ele.

Viver o reino de Deus não é uma opção, não dá para ser “mais ou menos”; não dá para fazer pelas metades. Não dá para descumprir os mandamentos do Senhor, não dá para fazer o que é conveniente a nós. Se estamos e temos permanecido com este pensamento; devemos nos arrepender e nos converter ao Senhor. Devemos nos purificar, rejeitando toda obra da carne, toda obra que seja segundo o pensamento neste mundo.

Não podemos ser desleais a aliança, não podemos negar as palavras do Senhor; não podemos viver parcialmente o reino de Deus. Precisamos ser fiéis, honrar a aliança, honrar as palavras de nosso Senhor, sujeitar a Deus, sermos submissos a sua vontade, reconhecer que dependemos Dele e não somos senhores de nós mesmos. Devemos confessar o nosso amor, praticando as  suas obras, realizando obras que revelam misericórdia, graça e bondade entre os homens; manifestando a justiça de Deus entre os homens, justiça que se revelou na cruz, com o propósito não de condenar; mas de salvar, resgatar, reconciliar.