Talvez não tenhamos parado e refletido sobre a morte de Cristo na cruz. Talvez na signifique nada para nós, na nossa falta de entendimento. Mas a atitude, o dispor de Jesus, para padecer em nosso lugar, para nos conceder a reconciliação com o Criador é a maior expressão de amor que podemos observar. Quem poderia selar definitivamente a nossa morte; expressa o amor verdadeiro se movendo, se oferecendo como sacríficio em nosso lugar para termos acesso a Deus. Paulo, em sua carta so filipenses expressa a atitude de Jesus nas seguintes palavras e nos chama a termos o mesmos sentimento: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Filipenses 2:5-8, BEARA).
O que precisamos entender é que esta morte estava planejada desde a eternidade (Ap 12:8). Não foi uma correção de rumo; Deus mesmos, antes de criar o homem, já havia planejado a morte na cruz, esta obra que iria nos reconciliar com o Ele.
Esta morte não foi algo corriqueiro; mas extremamente dolorosa, carregada de sofrimento, muita dor (Is 53:4, Lm 1:12). Talvez não consigamos nem vislumbrar um pouco o que significou; podemos ter um pequeno sentimento; assistindo filmes que falam sobre a sua morte (paixão de Cristo). Mas precisamos lembrar que foi uma morte extremamente vergonhosa (Sl 69:19). Mas tudo isso foi expressão de um ato voluntário, não imposto, oferecido, não constrangido a fazer (Jo 10:17-18).
Mas, além de dolorosa, vergonhosa e um ato voluntário; foi uma atitude de separação, de abandono, completo abandono como o Senhor Jesus expressou na cruz (Mt 27:46). Ele que era um com o Pai, comunhão permanente foi completamente abandonado, carregando sozinho toda a condenação dos homens, todos os pecados; para que pudesse o Seu ato trazer a vida e a reconciliação nossa com Deus.
O que precisamos compreender é que esta obra, esta atitude, este oferecimento como sacrifício em nosso lugar é toda a expressão de amor e este oferecimento, este morrer em nosso lugar é que nos conduz a Deus, nos reconcilia com o nosso Pai (1 Pe 3:18).
Esta obra realizada na cruz não foi baseada na dependência de aceitarmos ou não, de reconhecermos ou não, de nos arrependermos ou não; mas foi um sacrifício, uma oferta de Jesus, um ato de amor para cumprir a justiça de Deus, realizada antes mesmos de reconhecermos que somos pecadores. Uma verdadeira expressão de amor pelos outros, por nós que não merecemos qualquer atitude de misericórdia e compaixão. Ele nos deixou o exemplo de que atitude tomar, como agir em favor dos outros.
Esta mesma atitude que Ele fez por nós, deseja que aprendamos a fazer pelos outros, por aqueles que não merecem, por aqueles que ainda não compreenderam, por aqueles que nos magoam, nos oprimem; nos ofedem; assim como foi ou é a nossa atitude para com o nosso Deus. Por isso, precisamos compreender o que Paulo escreveu aos romanos, no capítulo 12, quando fala que devemos nos oferecer a Deus como um sacrifício vivo. Oferecer os nossos membros, oferecer as nossas vidas para que a vontade de Deus, a sua boa vontade possa ser expressa por nosso intermédio ao mundo. A todos que nos cercam; e isto, para quem merece e quem nem merece; pois aos olhos da justiça divina, nem um de nós merece qualquer ato de misericórdia, bondade e compaixão como o Senhor fez em nosso favor.