Quando olhamos a vida, pela vida, o que fazemos, como corremos atrás das coisas, lutamos, colhemos frutos de riqueza, perdemos tudo, lutamos novamente; mas qual o sentido disto tudo? Por que fazemos o que fazemos? O pregador no livro de Eclesiastes afirma o seguinte: “A gente gasta a vida trabalhando, se esforçando e afinal que vantagem leva em tudo isso? Pessoas nascem, pessoas morrem, mas o mundo continua sempre o mesmo. O sol continua a nascer, e a se pôr, e volta ao seu lugar para começar tudo outra vez. O vento sopra para o sul, depois para o norte, dá voltas e mais voltas e acaba no mesmo lugar.” (Eclesiastes 1:3-6, NTLH).
Ou com relação a riqueza, a acumular ele fala: “Quem ama o dinheiro nunca ficará satisfeito; quem tem a ambição de ficar rico nunca terá tudo o que quer. Isso também é ilusão. Quanto mais rica é a pessoa, mais bocas tem para alimentar. E o que ela ganha com isso é apenas saber que é rica. O trabalhador pode ter pouco ou muito para comer, mas pelo menos dorme bem à noite. Porém o rico se preocupa tanto com as coisas que possui, que nem consegue dormir. Eu tenho visto neste mundo esta coisa triste: algumas pessoas economizam dinheiro e sofrem com isso. Perdem tudo num mau negócio e assim não deixam nada para os filhos. Como entramos neste mundo, assim também saímos, isto é, sem nada. Apesar de todo o nosso trabalho, não podemos levar nada desta vida. Isso também é muito triste! Nós vamos embora deste mundo do mesmo jeito que viemos. Trabalhamos tanto, tentando pegar o vento, e o que é que ganhamos com isso?” (Eclesiastes 5:10-16, NTLH).
Qual o sentido da vida? Se o que pensamos, sonhamos e buscamos não nos recompensa como gostaríamos quando alcançamos? Somos bombardeados para ter, que a felicidade é quando alcançamos; mas quando obtemos, continuamos frustrados. Queremos sentir plenos, queremos sentir completos; mas por que não temos isso? Como alcançamos?
Nisto está o sentido da vida, na razão do nosso viver. Precisamos compreender e entender porque estamos aqui. Por que temos o desejo da eternidade? Por que fazemos tudo para sermos eternos? Por que agimos para manter a juventude; mesmo sabendo que o destino de todos é a velhice e a morte?
Por mais que busquemos na religião (seja ela qual for); por mais que busquemos a resposta em nós mesmos; por mais que busquemos no conhecimento; nada disto nos levará aonde desejamos chegar.
A vida, a nossa vida está em Deus, mesmo que sejamos do grupo dos agnósticos ou dos religiosos, não importa; se temos um vazio em nós que precisa ser preenchido; não encontraremos em outro lugar que não seja no Criador, naquele que nos fez.
Jesus quando andando neste mundo falou que nele encontramos vida, nele matamos a nossa sede, a nossa fome, nele encontramos a verdadeira liberdade. A plenitude, a abundância, segundo Ele próprio, está nele. Ele disse que é o pão vivo que desceu do céu, a fonte de água viva. Se permanecermos nele, teríamos vida em nós mesmos.
Mas como? Como ter e experimentar tudo isso? Não é uma questão de ir ou não ir a uma “igreja” de ser ou não ser “religioso”; mas sim, de ter ou não ter comunhão com Deus, andar ou não andar com Deus. Estar ou não estar com as nossas vidas em Cristo Jesus.
Precisamos entender que estamos separados de Deus. Estar separado de Deus implica em estarmos mortos, sem a vida de Deus, sem a vida eterna de Deus em nós. Para alcançarmos as promessas de Jesus, precisamos então; ter a vida de Deus, compreender que a eternidade é algo que experimentamos hoje, usufruímos hoje, e usufruímos, quanto temos a vida de Deus; ou seja, a vida eterna de Deus.
Mas, como recebemos a vida de Deus? Recebemos quando cremos em Jesus, quando confessamos que Ele é o Salvador e o Senhor, quando entregamos nossas vidas a Ele, reconhecendo que Ele morreu e ressuscitou por nossa causa, para nos levar ao Pai, para nos dar a vida de Deus. Precisamos como Ele falou, negar a nós mesmos, tomar a sua cruz e segui-lo. Negarmos a nós mesmos implica em reconhecermos que morremos com Ele na cruz, que Ele morreu em nosso lugar, por causa do nosso pecado, da nossa rebeldia de queremos ser como Deus, como senhores de nossa própria vida e destino; que não somos. Não somos Deus, não podemos ser como o Criador; não podemos e nem temos condição em nós mesmos de traçar o nosso destino; não podemos nem acrescentar um minuto a nossa vida.
Tendo esta consciência, e nos entregando a Jesus como Senhor e Salvador de nossa vida; então recebemos da vida de Deus. Recebemos como um ato de misericórdia e da graça de Deus; e não é por merecimento ou por boas obras que façamos.
Quando recebemos da vida de Deus, então compreendemos que fomos criados nele para as boas obras, para revelar as suas virtudes. Não estamos neste mundo para viver para nós mesmos, para correr atrás de nossos sonhos, nem para fazer a nossa vontade e que Ele não existe para atender os nossos desejos. Estamos em Deus para viver a Sua vontade, para revelar a Sua vida, para manifestar a Sua misericórdia e graça aos homens. Estamos neste mundo para tornar a oração do Pai nosso uma realidade neste mundo, para tornar o reino de Deus vivo e presente, para santificarmos o nome de Deus com o que fazemos e falamos.
O sentido da vida não está em nós e nem na busca de nosso sonho; mas em Deus, na comunhão com Deus e no revelar da Sua vida aos homens, como filhos, como herdeiros do reino, como sacerdotes, como nação santa. Fomos criados em Deus para manifestar a sua vida aos homens; nada mais, nada menos que isso. Qualquer coisa diferente disto é engano, é mentira e é puro egoísmo de nossa parte; é muita religiosidade, agnosticismo e coisas de homem; não de Deus.