Como nós insistimos no realizar obras, no nosso esforço para agradar a Deus, no fazer “coisas” para Deus, no querer ser recompensado pelo que fazemos. Como fazemos as coisas para provar que “somos bons”, merecedores da graça, misericórdia e do perdão de Deus; mas há muito Deus tem falado o que esperada de nós, conforme está no livro de Miquéias: “Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus. ” (Miquéias 6:7-8, BEARA).
Simples, não? Acreditamos nesta palavra? Não! Continuamos a insistir em fazer as obras para provar que somos. Não entendemos que em Deus, o seu plano é nos fazer, é tornar-nos seu filho, para então fazermos e não ao contrário como temos insistido. Deus nos faz filhos não por causa de nossa obra, ou do que possamos fazer de bom; mas sim, através de Jesus Cristo, de sua obra na cruz, morrendo em nosso lugar para trazer o perdão de nossos pecados, nos purificar pelo seu sangue, nos reconciliar. A única coisa que Ele pede de nós é o arrependimento, a mudança de atitude, o rejeitar da natureza humana, para vivermos segundo a vida que tem para nós em Cristo Jesus. Nele, recebemos a vida de Deus, temos do Espírito de Deus que faz em nós morada. Ele nos conduz em todo conhecimento, entendimento da Sua vontade.
Ele nos reconcilia, nos salva de nosso pecado (livra nos do seu domínio) e nos faz seus filhos. Quando somos feitos filhos de Deus, então, somos abençoados com toda sorte de bênçãos em Cristo Jesus nas regiões celestiais. Ele nos faz filhos, nos tira do dominio das trevas, do pecado, e nos leva para o reino do seu filho (para a luz), para proclamarmos as suas virtudes, isto é, para fazermos as suas obras. Fazemos as obras de Deus, porque somos filhos, e não para sermos filhos de Deus e nem para sermos aceitos. O que nos faz aceitos na presença de Deus não são nossas obras; mas sim, o que Jesus fez na cruz, o seu sangue derramado que nos apresenta diante do Pai santos, inculpáveis e irrepreensíveis.
Agora, precisamos entender que viver uma vida “de pecado”, fora do propósito da vida de Deus; vivermos uma vida cheia de egoísmo, orgulho, arrogância, avareza, não nos levará a onde Deus deseja que estejamos como cidadãos do reino de Deus. Precisamos entender que quando Deus fala de praticar a justiça, de ser misericordioso, de ter compaixão, Ele não está falando de “dar o que sobra”, de repartir “o que já não usamos”, de doar o que está “perdido”. Quando agimos com avareza, com egoísmo, então estamos vivendo segundo a natureza humana e não segundo a divina que recebemos em Cristo Jesus. Quando assim, vivemos, não estamos fazendo diferente daqueles que andam segundo o pensamento do mundo, e que Miquéias retratou de uma forma muito particular, conforme podemos ler a seguir: “Ainda há, na casa do ímpio, os tesouros da impiedade e o detestável efa minguado? Poderei eu inocentar balanças falsas e bolsas de pesos enganosos? Porque os ricos da cidade estão cheios de violência, e os seus habitantes falam mentiras, e a língua deles é enganosa na sua boca.” (Miquéias 6:10-12, BEARA), e “Assim,…. Comerás e não te fartarás; a fome estará nas tuas entranhas; removerás os teus bens, mas não os livrarás; e aquilo que livrares, eu o entregarei à espada. Semearás; contudo, não segarás; pisarás a azeitona, porém não te ungirás com azeite; pisarás a vindima; no entanto, não lhe beberás o vinho, porque observaste os estatutos de Onri e todas as obras da casa de Acabe e andaste nos conselhos deles. …” (Miquéias 6:13-16, BEARA).
Podemos deixar de ser “cabeça dura” e viver segundo o fundamento e princípio de Deus? Temos com o nosso Deus o compromisso de santificação para expressarmos pelos nosso membros as Suas obras?