Obediência: expressão de fé e conhecimento de Deus

Não existe nada que expresse de forma contundente a nossa fé e o conhecimento de Deus que a atitude de obediência. Vemos isto na vida de Abraão quando, após receber a ordem, levanta no dia seguinte pega o seu filho Isaque para ser sacrificado. Ou quando olhamos a vida de Paulo no cumprir da vontade de Deus, ou quando lemos em Tiago sobre a revelação da fé pelas obras que praticamos.

Fé está intimamente ligada a conhecimento de Deus. Quando conhecemos o Criador, quando compreendemos a nossa relação com Ele, expressamos confiança em tudo que Ele determina. Não se trata de negociar, não se trata da nossa vontade, não se trata de querermos ou pensarmos que temos opção de obedecer ou não. Mas sim, simplesmente, compreendendo quem Ele é, obedecemos, fazemos a Sua vontade. Esta foi a atitude demonstrada por Jesus no jardim.

O questionamento, as dúvidas podem fazer parte da nossa vida, são caracteristicas da nossa imaturidade. Quando questionamos as atitudes de Deus, o que é para fazer, simplesmente estamos demonstrando imaturidade e falta de conhecimento. Agora, como podemos observar na vida de todos que estão expressa na bíblia, como atitudes de Davi através dos salmos, da vida de Pedro, João, podemos claramente ver o processo de obediência e crescimento. Não podemos manter uma atitude de imaturidade; por isso, precisamos prosseguir em conhecer o Senhor. Quando prosseguimos, e não queremos, manter uma atitude de “Peter Pan”, manter como criança; então, passamos de uma vida imatura, sem fé, para uma vida madura que expressa vida de Deus, que demonstra maturidade e conhecimento do Criador.

Agora se existe em nosso coração, e perdura em nós uma atitude de imaturidade, de negociação com Deus, de negociata, de querer estabelecer condição para o relacionamento, de exigência de atendimento da nossa vontade; então, não existe atitude de fé, e sim, um relacionamento de idolatria, de usar o “ente” divino para satisfazer a nossa vontade. Esta atitude não demonstra conhecimento e nem relacionamento com Deus. Ele não existe para satisfazer a nossa vontade e nem o nosso querer (esta atitude pode até fazer parte, por um período da nossa vida, quando imaturos); pois, nós é que existimos e devemos ter o propósito de viver para cumprir a Sua vontade, para fazer a sua obra, assim como Jesus expressou.

Tiago em sua carta afirmou que a verdadeira expressão de fé está nas obras que praticamos. E podemos afirmar de forma absoluta para termos a nítida certeza que somente expressamos fé, se praticamos as obras de Deus. Praticamos as obras por causa do entendimento de quem somos, do que recebemos e por termos o conhecimento claro de quem é o nosso Deus. Não é uma questão de testarmos a Deus, de provarmos que temos fé; mas sim, de expressarmos por fazemos as Suas obras.

Ora se achamos que com a fé podemos obter do Criador o que desejamos, o que queremos, podemos estabelecer condições e regras, podemos exigir; estamos redondamente enganados nesta relação. Uma atitude de negociata e não de obediência, de buscar os próprios interesses; não demonstram conhecimento de Deus, nem fé no Criador; mas sim, num relacionamento de idolatria com um “deus” que é o seu próprio ventre; mesmo que seja carregado de toda religiosidade cristã.

O amor, a fé, a confiança no Criador, a demonstração de honra está no fato de obedecermos, de fazer a sua vontade, de nos colocar diante Dele prontos para ouvir, e prontos para cumprir o Seu querer e a Sua vontade; pois sabemos, temos o entendimento claro do que seja expressar as Suas obras no dia a dia. E para o viver estas obras não está  a falta de conhecimento; pois estão nitidamente expressas na palavra, como: praticar justiça, integridade, socorrer os necessitados, repartir com o pobre, demonstrar misericórdia, compaixão, bondade, amor (mesmo para aqueles que nos aborrecem ou nos perseguem). A fé e obediência estão reveladas no cumprir dos dois mandamentos amar a Deus e ao próximo.