Podemos buscar no conhecimento a razão da vida, um propósito. Podemos tentar achar na religião, ou mesmo na prática de boas obras a razão para o verdadeiro viver. Não acharemos nada que possa dar vida, trazer significado e dar plenitude. A vida, a verdadeira vida, somente encontramos no Criador. Nele está o começo de tudo, Ele é a fonte da verdadeira vida, da razão de viver, a plenitude, como está escrito em provérbios: “Tudo começa com o Eterno – ele é a chave de tudo! Todo conhecimento e entendimento vêm dele! Só os ignorantes esnobam tal sabedoria”. (Pv 1:7).
Tendo o entendimento que tudo começa em Deus, precisamos nos preocupar com o aspecto da religiosidade; onde podemos criar regras, dogmas que priorizam a aparência e deixam de lado o verdadeiro significado de vida que precisamos ter e aprender. Jesus, na casa de um fariseu, depois do mesmo se preocupar com o aspecto Dele não ter cuidado do exterior, do se lavar para a refeição: “… Jesus entrou na casa de um homem e tomou seu lugar à mesa. O fariseu ficou chocado e ofendido ao perceber que Jesus não havia se lavado antes da refeição. Mas o Mestre reagiu: Sei que vocês, fariseus, lustram suas xícaras e pratos a ponto de brilharem ao sol, mas sei também que vocês estão bichados de cobiça e maldade dissimulada. Fariseus tolos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Abram o bolso e o coração e ajudem os pobres! Assim, terão também, a vida limpa, não só as mãos e os pratos” (lc 11:37-41).
Qual o fundamento da vida com Deus, do conhecer a Deus? Precisamos entender que não é uma questão de aparência e regras; mas sim, de vida, de relacionamento transformador, que inicia no nosso interior, na nossa motivação, no fundamento do que somos.
Por que não somos capazes de ajudar, repartir? Por um simples motivo; porque somos egoístas, orgulhosos, arrogantes, cobiçosos. Tendo este sentimento não somos capazes de valorizar os verdadeiros aspectos da vida. O outro aspecto que devemos e podemos observar é a razão, a motivação porque fazemos as coisas. Se fazemos boas obras, se ajudamos, se repartirmos porque queremos a recompensa, queremos usar como moeda de troca com o Criador, assegurando a salvação de nossa alma; também, estamos agindo erroneamente.
Precisamos compreender que a questão não é fazer; mas a motivação para fazer. Não é, também, uma questão de não fazer; pois precisamos fazer como expressão do que somos. Quando agimos segundo a motivação errada, então os frutos que colhemos podem não ser os esperados.
A primeira coisa que precisamos buscar é o conhecimento, o entendimento do Criador. Buscar nele a fonte da vida, o entendimento. Por isso precisamos buscá-lo de todo o coração. Quando o buscamo, Ele responde e ele se mostra. A primeira coisa que Ele deseja que aprendamos, é que quer a restauração da comunhão conosco. Esta restauração se dá por meio de Jesus Cristo.
Ele (Jesus) foi enviando ao mundo para morrer em nosso lugar, e para nos oferecer a reconciliação com o Criador. Quando confessamos Jesus como o Senhor e Salvador, e aceitamos isso pela fé, como sendo o enviado do Pai para nos salvar e nos resgatar, encontramos a vida. Quando nos reconciliamos, recebemos da vida de Deus.
Tudo que fazemos depois desta reconciliação é que irá fazer diferença. A motivação para fazer, executar e realizar as boas obras será expressão do que somos, e do que recebemos de Deus. Na reconciliação recebemos da vida de Deus e fomos feitos filhos de Deus. E por sermos filhos, fomos criados para as boas obras, para sermos expressão de Deus neste mundo.
Sendo filhos, devemos revelar as Suas obras neste mundo; por isso, Jesus disse que não devíamos viver uma vida de cobiça e egoísmo; mas sim, repartir, ajudar o pobre; pois fazendo assim, estaríamos ajuntando tesouro no céus e estaríamos expressando quem é, e o que é o nosso Deus. Nesta atitude estamos revelando a sua glória e a sua vida entre os homens. Por isso, tudo começa no Criador e não em nós, no nosso interior. Em nós não encontraremos respostas!