Paulo no seu zelo, tinha um objetivo: ir a Damasco, prender os cristão e levá-los a Jerusalem para serem julgados. Ele estava fazendo o que acreditava ser certo, como zeloso que era pela lei. Tinha, até o momento, sido o responsável pela morte de diversos cristãos em Jerusalém; mas o que aconteceu no caminho de Damasco? O Senhor interrompeu este ciclo de ignorância, como podemos ler: “e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues;” (Atos 9:4-5, BEARA).
Quantas e quantas vezes agimos como Paulo em nosso zelo pelo evangelho, por querer que ele se propague, que chegue a todos os cantos e casas. Fazemos planos, estabelecemos metas, criamos métodos, etc, etc. Mas de repente, tudo estanca, tudo fica travado, nenhuma porta se abre, e o Senhor nos fala diretamente ou por intermédio de outros que é momento de parar, refletir e deixar a obra nas Suas mãos. Ele é o responsável pela construção da igreja, Ele é quem traz o desenvovimento, o crescimento; e nós? Nós somos, simplesmente, instrumentos, ou seja: plantamos, regamos, e colhemos; mas o crescimento, o verdadeiro crescimento, o resultado, vem de Deus; não do nosso esforço e nossa luta.
Precisamos repensar, refletir sobre nossas ações, nossas atitudes e o que estamos fazendo. Não podemos, como diz o ditado popular: “por o carro na frente dos bois”; assim é no reino de Deus. Não somos o dono da obra, não somos os responsáveis pelo crescimento; mas sim, por plantarmos, por regarmos e por colhermos, como despenseiros, como instrumentos, como filhos do Deus.
Ele busca cooperadores, pessoas que estão dispostas a se oferecerem como sacrifício, colocar os seus membros a serviço do reino. Não estamos aqui para medir as motivações uns dos outros, para dizer que um ou outro está certo ou errado, que deve ser assim ou assado. Não somos o dono da obra, o dono da igreja é o Senhor; não nós. Precisamos compreender quem somos, e o nosso papel; caso contrário teremos atitude como de Paulo e não estaremos contribuindo para o crescimento e nem o amadurecimento; mas sim, em sentido contrário ao que Deus planeja (como Paulo antes de sua conversão).
Vamos aprender a ouvir o que Deus está pedindo de nós; vamos entender o que significa misericórdia, o que signfica proclamar o reino de Deus, o que seja falar das boas novas, o que seja levar o evangelho a todos os cantos. Lembremos sempre, somos os servos, somos os mordomos, e não o dono do reino, da igreja e nem da vida uns dos outros; mas servos uns dos outros.