A questão não é religião

Jesus dirigindo aos religiosos afirmou o seguinte: “Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração.” (Mateus 12:33-34). Por que ele falou isto? Podemos ver claramante que é uma questão de natureza.

Quando lemos a carta aos Romanos, Paulo faz a seguinte afirmação: “Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos. ” (Romanos 3:9-18, BEARA).

E Jesus conversando com Nicodemos, no evangelho de João, afirma o seguinte: “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.” (João 3:3-7).

O que precisa estar claro para nós que não é uma questão de ter ou não uma religião; mas sim, de um novo nascimento, recebermos uma nova natureza. Nascer de novo é nascer segundo o propósito e querer de Deus. Temos que ter o entendimento que em nós, seres humanos não existe nada de bom, nada que proceda de Deus. Nós nos rebelamos, nos afastamos de Deus, e por termos desobedecido quanto ao que Deus tinha estabelecido, juntamos as hostes de Satanás que, também, tinham se rebelado. Separamos de Deus, perdemos a comunhão e a vida com Deus. Por termos morrido, ou seja, por não termos a vida de Deus, cabia a nós, a separação eterna, a morte eterna, a vida sem Deus.

Mas no seu amor, Deus provê o meio de reconciliação, planejado desde os tempos eternos, para a nos dar da sua vida e assim podermos andar em sua presença; como está escrito no evangelho de João: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16).

Para termos vida, precisamos nos submeter e crer em Jesus Cristo como o único caminho que nos reconcilia com Deus. É através dele, de seu sangue que recebemos a reconciliação e o perdão do pecado, quando nos submetemos a sua vontade. Não existe outra condição:  “Este (Jesus) é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis,” (Colossenses 1:15-22).

Fica claro que o que faz a diferença é o novo nascimento; é recebermos da vida de Deus; recebermos da natureza de Deus; é termos a reconciliação por meio de Jesus Cristo. Submetermos a Jesus é o segredo da verdadeira vida, de recebermos vida em abundância, de termos da verdadeira paz, e principalmente, de fazermos diferença neste mundo. Somente por meio de Cristo, podemos ser sal nesta terra e luz neste mundo, revelando as obras de Deus, manifestando o bem, praticando a justiça de Deus, e no novo nascimento, podemos revelar frutos que são compatíveis com Deus e não segundo a natureza humana.

Queremos conhecer Deus e ter da Sua vida? Devemos entregar verdadeiramente o nosso caminho ao Senhor, submetermos a Sua vontade, deixarmos o seu Espírito ensinar e guiar-nos em todo o querer do Pai. Se assim fizermos; então experimentaremos da verdadeira vida que flui do trono da graça de Deus.