Paulo escrevendo aos irmãos de Tessalônica afirma que fomos chamados para sermos participantes da glória do Senhor, como podemos ler: “para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.” (2 Tessalonicenses 2:14). E isto podemos ver e confirmar também na carta de Pedro, onde ele afirma: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo,” (2 Pedro 1:3-4).
Sendo chamados para sermos participantes da glória do Senhor, como devemos nos portar, diante de nosso Deus? Que atitude devemos tomar e manifestar diante de Deus e dos homens? Podemos ver um aspecto importante escrito em salmos que afirma: “Tema ao Senhor toda a terra, temam-no todos os habitantes do mundo. Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir. O Senhor frustra os desígnios das nações e anula os intentos dos povos. O conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações.” (Salmos 33:8-11).
Sendo participantes da glória do Senhor não é esperado de nós outra atitude que não seja a de glorificar o Seu nome, de revelar o que Ele nos concedeu, e de nos empenhar na manifestação e cumprimento de Sua vontade e no realizar dos seus desígnios.
Como demonstramos temor? Como demonstramos honra ao Senhor? Como, sendo filhos, manifestamos o que recebemos, a obra que realizou em nossas vida?
Para que isto seja possível devemos inverter os valores que temos. Devemos desprezar o que não é importante aos olhos de nosso Deus, e manifestar o que Ele considera importantante. Paulo escrevendo aos Romanos fala sobre isso: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. ” (Romanos 12:1-2). Isto é um processo. É uma decisão que tomamos em todo o tempo e em todo o lugar. Oferecer o nosso corpo como sacrifício vivo, é tomarmos as decisões, é realizarmos as ações, e proferimos palavras que são compatíveis com a natureza de Deus e rejeitar tudo que procede do pensamento e atitude da natureza humana.
Na sua carta aos Romanos Paulo fala sobre estas atitudes: do amor, quando afirma: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem.” (Romanos 12:9), “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei.” (Romanos 13:8), “O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor. ” (Romanos 13:10); ou “Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens;” (Romanos 12:17); ou quando ele afirma sobre submissão as autoridades: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” (Romanos 13:1); ou quanto a pagamento de impostos ou respeito: “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. ” (Romanos 13:7); ou com relação a aceitar a limitação dos outros: “Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu.” (Romanos 14:1-3); isto, “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos.” (Romanos 14:8-9). Por isso, como igreja, como membros uns dos outros, expressando o amor como devemos, precisamos por o firme propósito de cumprir a vontade de nosso Deus e não sermos pedra de tropeço, escândalo, e nem mesmo devemos julgar uns aos outros: “Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão.” (Romanos 14:13); e fazemos isso quando compreendemos que somos fortes, como Paulo escreveu; pois não estamos aqui para agradar a nós mesmos: “Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos.” (Romanos 15:1).
Se decidirmos que estes valores, estas atitudes são importantes para o reino de Deus e para a Sua glória, nós estaremos de fato, honrando-O, e cumprindo a vontade expressa de Jesus em sua oração ao Pai; pois agindo segundo os princípios relacionados anteriormente, saberemos viver como corpo, como família de Deus, como igreja do Senhor e a sua vontade será realizada conforme expressa em sua oração: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.” (João 17:20-23).
Por que devemos viver segundo este princípio de vida de amor, de unidade, de manifestação do Senhor por meio da igreja? Pelo simples fato de sermos membros uns dos outros, por participarmos do mesmo pão, do mesmo corpo: “Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão.” (1 Coríntios 10:16-17, BEARA).
Temos outra atitude, temos outra forma de honrar ao Senhor e glorificar o seu nome? Temos outra forma de demonstrarmos que somos participantes da glória do Senhor?