De volta a cruz

Precisamos de fato rever os nossos conceitos e a mensagem que temos pregado e o que temos ouvido em nossos dias. Precisamos avaliar se tem sido o evangelho puro e simples como ensinado por Jesus, como declarado pelos apóstolos, ou se temos apresentado uma mensagem suave que fala de “auto ajuda”, transvestido de evangelho; mas que de fato é mensagem de homem, expressa o pensamento do homem e que não tem nada a ver com a cruz, mensagem central do evangelho, das boas novas, de Deus entre os homens.

Paulo em sua carta aos irmãos de Corinto afirma o seguinte:  “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” (1 Coríntios 1:18, BEARA). E precisamos lembrar que não só é loucura; mas na cruz, declaramos a nossa morte, morte para tudo que representa a natureza humana, os valores humanos e sonhos, como está na carta aos Romanos: “sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado.” (Romanos 6:6-7, BEARA).

Sem cruz não existe novo homem, sem cruz não existe o reino de Deus, sem cruz não existe Deus entre os homens. Deus não habita onde permanece o pecado; precisamos compreender isso. Não se trata de melhorar o que somos, o que temos; mas sim, aniquilar tudo que provêm do pensamento e da vontade da carne. Precisamos entender que qualquer mensagem que não seja referindo a morte da natureza humana, que não fala de tomar a cruz  não está alinhada com o  plano e propósito de Deus, não é de Deus, e sim, do homem, do princípe deste mundo, ou seja, em palavras bem claras, do Diabo. Precisamos entender que o Diabo não deseja que a mensagem da cruz seja pregada; pois se for, implica no triunfo da cruz, a vitória de Cristo exposta e revelada em nós e por nosso intermédio a todos principados e postestades.

A mensagem que temos ouvido não nega a cruz, pois se negasse, seria mais fácil de rejeitar e de ver claramente que não é uma mensagem de Deus e nem provêm dos ensinamentos dos apóstolos; mas é sim, uma mensagem transvesitida de verdade, assim como foi a afirmação de Satanás para Eva no jardim. O que ele falou não era um mentira na sua totalidade, mas a verdade desconfigurada; isto que precisamos entender.

O plano de Deus sempre foi fazer de nós novas criaturas, tornarmos seres espirituais, mesmo vivendo e andando neste corpo mortal. Não era para andarmos segundo a natureza humana, cheia de todo pecado e engano. Deus, por meio de Jesus Cristo, na cruz, tem um só propósito; aniquilar com a natureza humana, para que possamos viver por meio da Sua vida que nos é concedida na cruz.

Não podemos e nem temos outra mensagem para pregar que não seja a cruz. Pois é por meio da cruz que a vida de Deus se revela a nós.

Não é acharmos solução e alternativas de auto-ajuda; não é criarmos um ambiente que as pessoas possam se sentir bem e desejar estar em nosso meio; não é fazermos volume; não é criarmos um ambiente propício para que as pessoas deixem as suas práticas pecaminosas, que voltem para o que é importante com base em valores morais.

Falamos, por meio da cruz, em uma nova vida, novo ser, novo coração, onde tudo que é passado deve ser morto. Na cruz, encontramos a libertação, a cura de nossas enfermidades e doenças, na cruz encontramos o descanso para a nossa alma, na cruz encontramos vida, e vida abundante que provêm do trono de Deus.

Não existe outra mensagem para pregar que não seja a morte na cruz e a vida por meio de Cristo Jesus, na nossa ressurreição com Ele; para vivermos para  a glória de nosso Deus e pai, e não para a busca de nossos desejos. É para sermos capazes de nos oferecer como sacrifício vivo, para a glória e louvor do nome do nosso Deus. E revelarmos em nossas vidas, a honra de padecermos pelo evangelho do Senhor, como Paulo escreveu aos Corintos: “São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes.Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um;fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar;em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos;em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez.Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas.” (2 Coríntios 11:23-28, BEARA)

Qual o evangelho que temos pregado? O da cruz? Ou o evangelho que alegra a Satanás (o acusador dos homens)?