Apaixonados pelo reino!

Uma das coisas que precisamos compreender que não é uma questão de perfeição. Enquanto neste corpo, enquanto neste mundo, não experimentaremos da perfeição.

Isto podemos ver na carta que João escreveu. Não é uma questão de pecar, de errar, de fazer coisas contrárias a natureza de Deus. Todos eles, sem exceção, não eram sinônimos de perfeição; muito pelo contrário, comentaram vários erros. Mas o que os faziam diferentes?

A paixão que tinham por Deus e por seu reino, por sua vontade, pelo desejo ardente de andar e viver segundo o coração de Deus. Não queriam outra coisa, não buscavam outra coisa. Como o próprio autor da carta aos Hebreus esccreveu que eles buscavam uma pátria celestial, como está escrito:  “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade. ” (Hebreus 11:13-16).

E nós, temos nos nossos atos, palavras manifestadas a mesma paixão pela pátria celestial? Anelamos as coisas de Deus, colocamos o reino de Deus em primeiro lugar, temos a mesma atitude de Paulo, Pedro e João, que conheceram o reino de Deus?

Quando paramos e meditamos sobre as nossas decisões, sobre o que buscamos, sobre os nossos alvos, sobre os nossos sonhos em relação a eles, o que buscavam? A visão do reino, o manifestar o reino de Deus neste mundo, em revelar a vontade de Deus nesta terra? Ou buscamos sonhos pessoais?

O que estamos fazendo nos levará até onde? Na corrida em favor do reino de Deus ou no atingimento de metas e sonhos que reduzem a valores deste mundo? Como Paulo escreveu: “Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar.” (1 Coríntios 9:26), ou mesmo:  “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,” (Filipenses 3:12-13).

O que faz a diferença não é a nossa perfeição; mas nossa paixão pelo reino, o quanto desejamos e agimos de forma a sermos verdadeiramente amigos de Deus, e colocamos nosso corpo e membros em favor do reino de Deus e revelar a sua justiça.

Precisamos ser apaixonados pelo reino; não religiosos, nem puritanos; mas revelarmos como o Senhor Jesus nos deixou o exemplo, como Paulo, Pedro e João demonstraram. Não o que pensavam ou achavam; mas tudo que fizeram, da forma como fizeram só tinha um querer: “cumprir a vontade do Pai”.

Precisamos como cidadãos do reino, apaixonados pelo reino, viver e tornar a oração do “Pai nosso” ensinada por Jesus uma verdade em nossas vidas e na vida da igreja:  “venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;” (Mateus 6:10).

Por intermédio de quem Deus irá cumprir a sua vontade na terra? Somente por meio de seu povo, Seus filhos, cidadãos do Seu reino, ou seja, a igreja, o corpo de Cristo, não denominações, não religiões; mas por meio de Seus filhos. Precisamos deixar as coisas dos homens, precisamos abandonar o que é da carne e pensamento deste mundo; precisamos protestar e rejeitar tudo que seja do homem, em favor do reino.