Quando imaginamos glorificar a Deus, o que de fato pensamos? Nossas palavras, pelo que cantamos? Pelo que falamos as pessoas sobre Deus? Paulo escreve aos irmãos afirmando o seguinte: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1 Coríntios 6:19-20, BEARA).
Ele está tratando de um assunto específico quanto a imoralidade sexual. Este é um item importante no contexto da vida da igreja (reino de Deus, por favor, não denominação). Mas quando falamos de glorificar a Deus através de nosso corpo, temos que olhar em um contexto muito mais amplo. Não só a questão do que cantamos, falamos, não só na questão da imoralidade sexual, como tratado por Paulo; mas no contexto de reino de Deus, do que somos e fazemos.
Por sermos santuários de Deus, morada do Deus Altíssimo, por termos a vida de Deus, por termos sido santificados pelo sangue de Jesus, preço alto que foi pago; não podemos usar o nosso corpo para o nosso prazer, para satisfazer a nossa vontade e nem os nosso sonhos. Precisamos entender o conceito do reino de Deus, do Seu amor que é derramado em nossas vidas pelo Espírito Santo. Quando temos o entendimento que fomos resgatados do império das trevas, que fomos comprados por um alto preço, necessitamos repensar o que temos feito em favor do Reino, como expressão de gratidão e de amor.
Nós expressamos o nosso amor não pelo que falamos; mas sim, pelo que fazemos. E fazemos não por obrigação; mas por uma questão de natureza. Viver o reino de Deus, obedecer a Deus, cumprir e realizar a sua vontade; não é uma obrigação, não é uma opção, não é uma alternativa que temos; simplesmente fazemos, e fazemos pelo que somos e pelo que Deus fez em nós e por nós.
Precisamos entender que viver o reino de Deus, a vontade de Deus, não é uma questão de opção, e sim de natureza. Vivemos não porque temos a obrigação de viver; mas sim, porque somos. O nosso processo de aprendizagem, de amadurecimento está ligado a este entendimento. A busca do amadurecimento, do crescimento de entender a vontade de Deus é uma responsabilidade de todo cristão.
Quando falamos que precisamos, que temos que glorificar a Deus por meio de nosso corpo, o que temos que entender é que tudo o que fazemos, como fazemos, o que somos no nosso dia a dia tem que expressar a natureza de Deus, não a nossa.
Glorificamos a Deus por meio de nosso corpo quando vivemos, expressando a vontade de Deus. Quando lemos que não deve sair da nossa boca a mentira, não devemos pronunciar palavras obscenas, não sermos hipócritas, nem egoístas, orgulhosos, arrogantes, o que isto significa? Estamos entendendo?
Quando temos prazer na pornografia, quando nos associamos para prejudicar alguém, quando queremos vingar alguém, quando resolvemos que nós temos condição de resolver as coisas da nossa maneira, estamos glorificando a Deus? Não. Nada que seja contrário a natureza de Deus pode se revelado em nós por meio do corpo. Por isso, precisamos manifestar os frutos do Espírito; e não os frutos da carne.
Glorificar a Deus por meio do nosso corpo é fazermos isto de forma plena, dentro de um processo de amadurecimento, sujeitando a vontade de Deus. Qualquer coisa diferente disto é contrário e não estamos honrando a Deus.