Expectativas frustradas

Quantas vezes não fazemos das palavras de Jó a nossa palavra? Quantas vezes não nos pegamos a falar com Deus e a questioná-lo sobre a situação daqueles que não o seguem? Vejam as palavras de Jó: “Como é, pois, que vivem os perversos, envelhecem e ainda se tornam mais poderosos? Seus filhos se estabelecem na sua presença; e os seus descendentes, ante seus olhos. As suas casas têm paz, sem temor, e a vara de Deus não os fustiga. O seu touro gera e não falha, suas novilhas têm a cria e não abortam. Deixam correr suas crianças, como a um rebanho, e seus filhos saltam de alegria; cantam com tamboril e harpa e alegram-se ao som da flauta. Passam eles os seus dias em prosperidade e em paz descem à sepultura. E são estes os que disseram a Deus: Retira-te de nós! Não desejamos conhecer os teus caminhos. Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações? Vede, porém, que não provém deles a sua prosperidade; longe de mim o conselho dos perversos! ” (Jó 21:7-16)

O que está errado em nossas vidas? O que fazemos de errado? Por que não prosperamos? Por que somos humilhados muitas vezes diante das situações?

Simples porque estamos com a perspectiva errada do reino de Deus, do evagelho de nosso Senhor Jesus Cristo, de seus ensinamentos. Nossa ignorância nos leva a a acreditar em palavras que não são verdadeiras, que não expressão os Seus ensinamentos. Colocamos expectativas em coisas temporárias que o Senhor não prometeu. Entendemos conceitos, desvirtuamos passagens para tentar nos convencer; mas isto, não mudará a realidade do reino.

Quando fazemos assim, temos mais a frustrar que efetivamente termos uma vida plena, manifestar a vida de Deus, cumprir o seu propósito. Desconhecimento do ensinamento de Jesus, de sua palavra e da doutrina dos apóstolos nos leva a enveredar por caminhos que estão bem distantes do evangelho.

Paulo escrevendo aos Filipenses, afirmou o seguinte: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele, pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e, ainda agora, ouvis que é o meu.” (Filipenses 1:29-30). Jesus mesmo usou de palavras semelhantes, quando afirmou que se perseguiram ao mestre, não perseguiriam aos seus discípulos.

O Senhor ou os apóstolos nos ensinaram a buscar as coisas temporárias deste mundo, como riqueza? Não. Muito pelo contrário, como podemos observar no sermão do monte, Jesus nos ensinou a buscar o reino de Deus, e não as riquezas desta vida. Não podemos por o nosso coração nestas coisas. Não podemos ter expectativa, quando buscamos o reino de Deus, que teremos prosperidade, que não seremos perseguidos; muito pelo contrário, deveríamos ter a expectativa de perseguição, de dificuldade, ou mesmo como Paulo: o passar por abundância e falta, frio, fome e tanta outras coisas que enfrentou no seu ministério.

Estas deveríam, sim, como filhos de Deus, como instrumentos de luz, a nossa expectativa, e não, colocarmos o nosso coração nos valores deste mundo, e nem naquilo que não dura. Se tivermos, se recebermos, amém, mas que esta não seja a nossa prioridade.

Agora, precisamos, sim, como administrador filel, saber gerenciar os recursos que recebemos, cuidar e sermos zelosos em como usamos. Não podemos, também, atender o apelo consumista deste mundo; pois fazendo assim, nunca, o que recebemos é suficiente para suprir as nossas necessidades. Saber gastar, gastar com sabedoria os recursos colocados em nossa mão é o que temos que nos aplicar. Ser próspero, não é uma questão de quanto ganhamos, e sim, de como gastamos o que recebemos.