O que necessitamos compreender que participar do evangelho, implica em renunciar a nossa vida, o pensamento e todo o fundamento que herdamos e aprendemos no mundo. Não é mais vivermos segundo o curso deste mundo; mas transformarmos a nós mesmos pela renovação da nossa mente, acatando os valores eternos de Deus, pela capacitação recebida, revelando-os através de nossso relacionamentos. Paulo escreveu o seguinte a Timóteo: “Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho,” (2 Timóteo 1:8-10).

A santa vocação que Paulo comenta com Timóteo, é justamente, o andar segundo os valores de Deus, segundo a natureza de Deus; e precisamos lembrar, que recebemos a salvação não por mérito, não por obra que realizamos, nem pelo nosso esforço de querer agradar a Deus. O que recebemos é resultante da graça Dele, concedida a nós por meio de Jesus Cristo. E esta salvação é algo que já estava no propósito de Deus antes mesmos da fundação do mundo.

Por termos recebido tão grande salvação, a reconciliação, a libertação do domínio do pecado; não temos mais razão para andar segundo valores deste mundo, cheio de orgulho, arrogância, hipocrisia, acepção de pessoas, inveja, cobiça, irá, mágoa, ódio, desejo de vingança e tantos outros sentimentos que nutrimos com relação as pessoas e fatos de nossas vidas. As nossas ações não podem ser movidas por estes desejos e sentimentos. Devemos sim, conduzir todos os nosso relacionamentos segundo o que Deus nos concedeu em Cristo Jesus. Ele nos deu da sua vida, nos capacitou, derramou sobre nós toda sorte de bençãos, para revelarmos neste mundo toda a justiça e graça de Deus.

Somos cidadãos do reino e como participantes dele, revelamos neste mundo as virtudes de Deus. E ao fazermos isso, o que estamos fazendo, além de proclamando as boas novas da reconciliação, estamos participando do evangelho de forma integral, levando o reino de Deus a todos os homens, em todo lugar e a todo momento. Passamos a viver a igreja, o reino de Deus de forma plena. Este é o propósito de Deus; e o desejo que expressamos quando oramos o Pai Nosso: “seja feita a sua vontade, assim na terra, como ela é feita nos céus”.

Por isso, precisamos, como Paulo escreveu a Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior.” (2 Timóteo 2:15-16, BEARA). Além deste aspecto, precisamos compreender que: “Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra.” (2 Timóteo 2:20-21, BEARA).

Então, como participamos do reino de Deus e do seu evangelho? Purificando-nos, santificando os nosso atos, para que as pessoas possam ser santificadas, compreenderem e aceitarem o reino de Deus.