Temos petulância de pensar e agir como se cada palavra, cada ensinamento fossem sempre para os outros e não para nós. Precisamos ter o entendimento que toda palavra dada por Deus é antes de mais nada para nós mesmos, para que aprendamos sobre o seu caráter, sua natureza, sobre tudo que é, e que deseja que sejamos. Por isso, precisamos compreender que a demonstração de arrependimento, a mudança de atitude, a prática de obras que revelam o arrependimento é fundamental em nossas vidas que proclamamos seguidores de Jesus, como Paulo falou: “mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento.” (Atos 26:20).
Nós procuramos muitas vezes departamentalizar as nossas vidas, transformar o reino de Deus somente em uma religião como qualquer outra. Mas o reino de Deus não é religião, não é algo que podemos departamentalizar, e dar um pedaço de nosso tempo. Viver este reino é algo que temos que fazer durante vinte e quatro horas de nossas vidas. Temos que ser cidadãos do reino, andar, sendo imitadores de Jesus. Qualquer coisa fora disto é religiosidade.
Viver o reino não é sermos fundamentalistas,nem extremistas, e nem pessoas que são desagradáveis; mas expressarmos em nossos relacionamentos, nas nossas atitudes, os valores eternos de Deus que ele deseja para todos os homens. Experimentar e viver o reino de Deus é algo que fazemos agora, neste momento, todos os dias.
Expressamos que conhecemos Deus não pelo que falamos; mas sim, pelo que fazemos, pelas obras que praticamos, pelas nossas atitudes. Não é uma questão de religiosidade, e sim, de prática de vida, de valores e caráter revelado.
Temos que repensar o que fazemos e como temos feito. Temos que rever nossa prática religiiosa, nosso mundo de aparência, e nos convertermos ao evangelho de Jesus, ao evangelho do reino de Deus pregado por Jesus e revelado na prática, no dia a dia.
Não dá para falar de amor e sermos egoístas, hipócritas, arrogantes e fazermos acepção de pessoas. Não dá para falar de misericórdia e graça e ver os outros passarem dificuldade e necessidade enquanto cuidamos somente dos nossos e dos nossos interesses. Isto não é evangelho, isto não é reino de Deus, e sim, somente religiosidade. Precisamos entender que religiosidade é coisa de homem, a qual Deus destesta e rejeita. Não é o que fazemos; mas sim, como fazemos, a motivação que nos move a fazer, o arrependimento, a mudança de atitude revelada em cada momento, em cada situação em cada relacionamento.
Temos e devemos revelar o reino de Deus. Quando assim fazemos, então, manifestamos os verdadeiros valores que importam para aquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; e para sermos participantes da sua vida. Este convite é para todos, somente precisamos nos submeter a Deus e termos em Jesus o Senhor e Salvador de nossas vidas.