Arrependimento para transformar

Nós somos mestres em acusar, apontar e justificar como punição as “desgraças” que possam sobrevir a outras pessoas; mas não somos capazes de julgar se as nossa atitudes revelam ou não uma vida que honra ou desonra a Deus. Jesus afirmou o seguinte: “Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. ” (Lucas 13:2-5)

Precisamos entender que o propósito de Deus é se revelar através de nós, manifestando a sua vida e graça a todos os homens, como é afirmado em Números: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz.” (Números 6:24-26).

Resplandecer a glória e a vida de Deus somente é possível quando há o revelar do verdadeiro arrependimento. Arrependimento que João Batista pregou antecedendo a vinda de nosso Senhor Jesus, onde ele afirmava que as pessoas precisam mostrar frutos de arrependimento, ou seja, atitude diferente frente ao seu pecado.

Muitas vezes nos achamos bonzinhos, que somos melhores que outros, e que tem outros muito piores que nós. A questão que precisamos compreender não é esta; mas sim, conhecemos a Deus? Temos intimidade com Deus? Nos submetemos a Jesus Cristo, como Senhor? Morremos para nós mesmos, morremos na cruz com Cristo para sermos reconciliados com Deus, independente de quão bonzinho ou mal possamos ser? A questão não é ser bom ou não; mas se foi reconciliado com Deus, se houve o perdão do pecado revelado, compreendido e aceito. Jesus morreu em nosso lugar, para que nós morrendo com ele na cruz, pudéssemos ser reconciliados com Deus.

Esta reconciliação tem que nos levar a mudança de vida, a uma transformação total. Ela se inicia no nosso interior (é de dentro para fora). Deus nos concede um novo coração; faz de nós uma nova criatura, dá nos do seu Espírito Santo, faz de nós moradas; para nos conduzir e nos ensinar todas as coisas. Mas está transformação, esta capacitação recebida, tem que ser revelada em nossos atos, nossos membros.

Nossa vida deve ser uma vida de santificação, de buscarmos, pela transformação da mente, nos renovando, tendo o entendimento da vida de Deus, oferecendo os nossos membros para realizar a justiça de Deus, ou seja, para revelar a vida de Deus. Quando compreendemos a transformação, a capacitação provida por Deus, e o propósito de vida que Deus deseja para nós; revelamos em nossos atos as mudanças de atitudes que todo filho de Deus deve manifestar. Temos, no arrependimento, a transformação dos nosso atos, abandonando toda sorte de pecado (não importa o quão significativo seja); para revelarmos o Seu rosto através de nossas atitudes, ações e palavras.

Fomos feitos filhos para revelar a vida de Deus; mas se não transformamos o que foi feito no interior em algo concreto, expresso em nossas ações, de forma alguma experimentamos o verdadeiro arrependimento para a vida.