Maturidade espiritual – não ser como criança

Jesus disse que precisamos ser como crianças, mas não podemos ser imaturos e entender errado esta afirmação de nosso Senhor. Sermos como crianças para o reino de Deus representa a maturidade espiritual, quanto ao aspecto de dependência de Deus, de não carregar e expressar através da natureza humana, cheia de desconfiança, de hipocrisia, de mentira.

Sermos como criança, mas no sentido de dependência de Deus e sem malícia. Mas quando Paulo fala aos irmãos de Corinto ele usa o termo que eles precisavam amadurecer, pois eram crianças espirituais, como escreveu: “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?” (1 Coríntios 3:1-3, BEARA)

Andar segundo atitude humana, ou seja, quando estamos cheio de egoísmo, hipocrisia, sentimento faccioso, orgulho, vontade própria em detrimento dos outros, irritação desnecessária, grosseria, falta de dominio próprio, o que estamos sendo é criança espiritual, criança em Cristo. Não estamos sendo maduros.

Não existe nada pior para uma pessoa que não se posiciona corretamente frente a sua idade. É difícil compreender uma pessoa a partir de uma determinada idade (no aspecto de vida humana) ficar “emburrada”, ou mesmo “dar birra”. É difícil aceitarmos isso em crianças, imagina em um adulto. E o quanto temos visto isso? Mas, também, no aspecto espiritual, precisamos cuidar disto e compreender que uma atitude “Infantil” para o reino de Deus, também é algo difícil de aceitar. Precisamos amadurecer. Não tem outra razão do nosso viver em procurarmos o amadurecimento, o sermos semelhantes a Jesus. Este é o propósito de Deus para as nossas vidas, ou seja, que amadureçamos, que expressemos Cristo em tudo o que fizermos.

Por quanto tempo ainda, continuaremos a ”dar birra” espiritualmente falando? Até quando vamos priorizar o egoísmo, desejo próprio em detrimento dos outros? Até quando vamos buscar os nossos interesses? Até quando vamos achar que é bonito dizer: “eu nasci assim, vou morrer assim”? Até quando não vamos entender que fazer acepção de pessoas, demonstrar orgulho, sermos arrogantes, não compreender as limitações dos outros é uma atitude de imaturidade?

Sermos maduros espiritualmente não é uma opção, isto que precisamos entender. É uma obrigação para quem se declara filho de Deus e que o ama. Obediência, ser imitador de Deus não é algo bonito de se dizer é algo para sermos, para fazermos. Mas para que isto aconteça, precisamos mudar a nossa forma de pensar, precisamos fazer morrer a natureza humana e compreender que somente tendo uma atitude de morte para esta natureza que experimentaremos o melhor que Deus tem para nós.

Esta é uma atitude que não depende de ninguém mais, ninguém pode tomá-la para nós, ninguém pode decidir por nós, somente nós perante o nosso Senhor e Salvador. Tomemos, portanto, o propósito, o compromisso, de honrar e expressar amor ao nosso Deus, cumprindo e realizando obras que expressam aquilo que ele é.