Consideramos como perda?

Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte;para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.” (Filipenses 3:8-11)

O conhecimento de Cristo, o entendimento de sua obra redentora, o seu preço pago na cruz, a justiça de Deus revelada na cruz, nos leva ao entendimento e a compreensão do que Ele deseja e do propósito que tem para as nossas vidas. Quando conhecemos a Cristo, compreendemos o que significa amar, honrar, abrir mão da própria vontade e desejo (egoísmo) em favor da necessidade ou fraqueza dos outros.

O que devemos fazer? Que escolha devemos fazer? Melhor, que escolha temos feito?

O conhecimento de Cristo, a manifestação da vida de Deus tem de fato sido mais importante para nós ao ponto de rejeitarmos e negarmos tudo que procede do mundo, tudo que aprendemos, tudo que recebemos, tudo que somos? Paulo em sua carta aos filipenses fala justamente disto. Embora sendo o que era no judaísmo, o que tinha aprendido, mas não só isso, também, o potencial do que poderia ser, diante do fato do papel que já tinha desempenhado, por ter crescido junto a uma das pessoas de maior influência em sua época, não foram suficientes para que ele se mantivesse preso aos valores deste mundo. Ele considerou tudo como perda por causa do conhecimento de Cristo.

Nós temos a mesma atitude de Paulo? Tudo que somos neste mundo, tudo que aprendemos, tudo que recebemos, a posição, o reconhecimento, os nossos valores e tudo que possuímos, consideramos como perda por causa de Cristo? Ou estamos tão arraigados, com estas coisas “temporárias” tão presas as nossas vidas que não somos capazes de lançar tudo fora por causa do conhecimento de Jesus e do revelar a sua vida entre os homens?

Por que temos esta atitude de achar que o que é deste mundo é importante? Por que não abrimos mão das coisas temporárias desta vida em favor do que é eterno?

Como o próprio Jesus falou, se colocamos a mão no arado e olhamos para trás, não somos dignos dele.  Por isso, precisamos entender: não dá para coexistir as coisas e a vida de Deus em associação com os valores e a vida deste mundo. Ou abraçamos um ou ao outro. Não dá para mantermos os pés nos dois mundos. Quando queremos fazer isso, de fato o que estamos fazendo é colocando os nossos dois pés no mundo. Escolhemos os valores deste mundo e desprezamos o conhecimento de Deus. A luz, a vida de Deus e tudo que procede do Pai não coexiste com o pensamento, valores e coisas desta vida.

Que possamos ter a sabedoria de Paulo, o entendimento da vontade de Deus e façamos a mesma escolha que ele, de forma que a vida de Deus se revele em nós e através de nós, alcançando corações e transformando vidas.