“Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor. E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.” (Romanos 13:7-14, BEARA).

Compreendemos a frase que Paulo afirmou que não devemos ficar devendo nada a ninguém, a não ser o amor. E que devemos amar aos outros como a nós mesmos; pois que faz isso, cumpre a lei do amor que foi prescrita pelo nosso Senhor Jesus. Mas qual o seu verdadeiro significado em nosso dia a dia? Já refletimos sobre isso? Já pensamos em que atitudes demonstramos o verdadeiro amor para com o próximo? Já pensamos no que esperamos das pessoas e temos feito as mesmas coisas para com “todos”, e não só alguns?

É fácil afirmarmos que somos cristãos. É fácil dizer que é crente, católico ou o que quer que seja que possa significar ser um religioso. Mas, não é simples, e nem fácil, querer ser filho de Deus, revelar a sua natureza e a sua vida, andando conforme o pensamento deste mundo. Mas o que prescreve o pensamento do mundo? Somente o pensar em nós mesmos, nos nossos interesses, no que vamos lucrar ou receber por fazermos algo. É o agirmos por egoísmos, é tomarmos as atitudes pensando em nós mesmos, nos nossos interesses, é olharmos e fazermos somente aquilo que iremos obter de benefício e rejeitar tudo, qualquer atividade, qualquer sacrifício que implique no atendimento da necessidade do outro.

O que significa revelar a glória e a graça de Deus neste mundo? É sermos religiosos, cumprirmos com as nossas obrigações “religiosas” de culto e reuniões e desprezamos as ações que visam o atender e suprir a necessidade dos outros?

Quando demonstramos a verdadeira religião? Quando demonstramos que somos filhos? Quando revelamos graça, misericórdia, bondade. Quando somos companheiros, mesmo não tendo sido amigos, quando suprimos a necessidade, quando nem conhecemos. Quando ajudamos, sabendo que não receberemos qualquer troco ou recompensa de volta. Quando fazemos sem olhar para quem e o que a pessoa fez, ou pode fazer por nós. Esta é a verdadeira amizade, nesta ação está a verdadeira revelação da graça e do amor de Deus através de nossas vidas. É sermos amigos, no momento difícil, é sentarmos juntos e passarmos pelos sofrimentos juntos. É sermos um braço amigo, um ombro amigo, mesmo que não venhamos a colher qualquer benefício ou resultado disto que fizemos.

Na dor, no sofrimento e na dificuldade que conhecemos os verdadeiros amigos. São nestes momentos que podemos revelar de fato quem somos, quem é o nosso Deus e como ele se revela. É no momento de dor que podemos ajudar, levar graça, bondade e o amor de Deus. Sejamos filhos, revelemos o amor e a graça.