Nosso papel no reino de Deus

“louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (Atos 2:47, RA Strong)

Precisamos compreender a nossa realidade e o nosso papel no reino de Deus. É comum falarmos e ouvirmos que devemos fazer a nossa parte; mas qual é a nossa parte? Qual é o nosso limite? Até onde devemos ir? Mas, tem, também, outro lado que precisamos compreender o que é o reino de Deus e como devemos vivê-lo neste mundo. Comumente nos enganamos em nossas postura e por cultura, ensinamento, pela lógica e pensamento humano, devido a atitude egoísta, devido ao enganador dos homens, tomamos a atitude de departamentalizar a nossa vida. Por departamentalizar devemos entender o processo de criar categorias, dividir a nossa vida por assunto, onde temos: vida pessoal, vida familiar,  vida profissional, vida referente ao lazer, vida religiosa. Dividimos a nossa vida neste e talvez em mais alguns assuntos, e assim, distribuimos o nosso tempo em atividades relacioanadas a estes assuntos.

Quando departamentalizamos, nós desligamos um assunto do outro, e um passa a não ter nada com outro. Em cada local, em cada situação agimos de uma maneira diferente, temos atitudes diferentes, reagimos de forma diferente. Não somos a mesma pessoa. Quantas vezes já ouvimos falar: nossa! Seu pai e totalmente diferente no serviço, é outra pessoa, ou sua mãe, ou seu irmão. É ou não é verdade? No serviço mais complacentes, enquanto que em casa mais rígidos, ou extremamente grossos em casa ou no serviço. Na “igreja” uma bênção, “muito espiritual”, não é verdade?

O conceito de religião e de categorização de nossa vida é um conceito humano e foge do princípio do reino de Deus. Assim como somos cidadãos de um país, e estamos sujeitos as suas leis, independente do local onde estamos e o que estejamos fazendo, assim é no reino de Deus. Não existe vida religiosa. Religiosidade é um conceito humano para atender as necessidades humanas de buscar alívio para alma, no desejo de preencher o vazio e buscar uma explicação para o homem sobre a razão de sua existência. Viver o reino de Deus é andar segundo o seus princípios, suas leis, e seu fundamento. Em qualquer lugar, momento ou situação devemos viver debaixo do mesmo princípio e segundo o coração do nosso Deus. Não dá para separar. Nossa atitude, nosso caráter, nossa vontade devem ser dirigidos por estes valores.

Compreendendo que o nosso papel é ser dirigido pelos valores do reino, e que as nossas vidas devem revelar os frutos do Espírito, então devemos, viver em todo o tempo, em todo o lugar manifestando o que somos e como somos: devemos então manifestar a justiça do reino, a paciência de Deus, seu amor, sua graça, sua bondade, sua longanimidade, sua benevolência, sua compaixão, e tantas outras características que são pertinentes ao nosso Deus e ao seu reino. Isto não importa, em casa, no trabalho, na escola, no momento de compartilhamento com os irmãos, no meio dos que ainda não conhecem a Deus e o seu amor.

Para desempenharmos o nosso papel e compreender o nosso limite, precisamos entender que não fazemos ninguem mudar de atitude, ninguém mudar a forma de pensar, não levamos ninguém ao amadurecimento pelas nossas técnicas, métodos. Temos que deixar Deus viver através de nós, pelo seu santo Espírito e nos submeter a sua vontade, assim como Felipe perante o eunuco, Paulo em suas viagens, Pedro diante do testemunho para Cornélio (o centurião). Cabia a eles divulgar, falar e viver segundo o reino, e a Deus, o crescimento. Nosso papel no reino é nos submeter, morrer para nós mesmos, nossos valores, entregar nossas vidas, carregar a cruz e cumprir o que o Espírito determina que façamo em cada situação.

Um vida dirigida, cheia do Espírito é fundamental para compreendermos os limites, a divisão entre o que fazemos na alma e pela alma (na carne) da que fazemos no espirito (guiados por Deus). Somos instrumentos para crescimento e amadurecimento do corpo de Cristo. Não somos o determinante para o crescimento, para o agregar pessoas, para o fazer as pessoas se converterem. Devemos deixar isso para Deus; mas devemos viver segundo os princípios do reino.