“Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?” (Tiago 2:14, RA Strong).”Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2:26, RA Strong).
Como confundimos o celestial, as coisas do reino com as coisas do mundo, e nos acomodamos em nossa preguiça, e atitude egoísta e humana. Queremos separar muitas vezes coisas que são inseparáveis. Queremos justificar nossas atitudes com meias verdades, simplesmente para esconder a verdadeira razão de nossa intenção.
Um fato é inegável que a nossa salvação, a entrada no reino de Deus, o fazer parte da família de Deus não depende do que fazemos e nem do que somos, e sim, unicamente da graça e do amor de Deus que nos concede por intermédio do filho de Deus. A fé é a certeza de coisa que não vemos, é a convicção daquilo que é uma promessa de Deus. Quando temos esta convicção, agimos no sentido de torná-la realidade. Assim é com a salvação. É uma promessa dada por Deus e que se nos submetermos a Jesus como Senhor e Salvador, morrendo com Ele na cruz, nós nascemos de novo, nascemos do espírito, recebemos o Espírito Santo, para habitar em nós e nos conduzir em toda a vontade do Pai.
Esta ação, este mover, esta submissão, implica em mudança de atitude, que é o que representa o arrependimento. Quando nos arrependemos, na realidade o que estamos fazendo é mudando a nossa direção, é alterando um comportamento é confessando que não viveremos como vivíamos.
Tendo a salvação como algo provindo de fé, qual o impacto desta decisão em nossas vidas? Agora devemos ficar deitados em berços esplendidos? Devemos nos acomodar e achar que está tudo resolvido e que não temos mais nada para fazer? Agora, somente nos compete aguentar a “chatice” de todo culto de domingo e das reuniões, para ninguém nos “encher o saco”? Se pensarmos assim, estamos totalmente enganados e não compreendemos a salvação, ou seja, o que representou a nossa entrada no reino de Deus. A salvação, não é o fim em si mesmo; mas o início de uma jornada que todos nós, agora como filhos, como crianças em Cristo, crianças espirituais devemos empreender.
Em Cristo Jesus, recebemos o passe livre, para entrarmos no reino de Deus, para iniciarmos uma nova jornada, um novo modelo de vida, uma vida que é dirigida pelos princípios, fundamentos e pela natureza de Deus. Iniciamos nossa jornada de comunhão, de relacionamento eterno com o Criador e com todos aqueles que farão parte desta vida no reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo. Posto isso, e tendo este entendimento, e compreendendo que a vida eterna começa na nossa conversão, então precisamos entender como é viver no reino de Deus segundo a natureza de Deus.
É neste momento do “cair da ficha” é que compreendemos a importância das obras, de nossas atitudes. Fazemos boas obras, andamos como Jesus imitando-o não para recebermos algo, não para sermos beneficiado por algum galardão; mas porque faz parte da nossa natureza. As obras são simplesmente expressão da nossa fé, do que cremos, do vivermos conforme as promessas de Deus.
Santificamos como atitude de fé para revelarmos o que foi concretizado em nosso interior. A santificação é para sermos expressão, imitadores, daquele que nos deu vida e está em nós. Ajudamos as pessoas, não revidamos, não odiamos, não ficamos magoados, como expressão do que o nosso Deus é. Dividimos, repartimos, distribuímos, não porque queremos receber algo; mas unicamente, para expressarmos o que Deus é através de nós. Para revelarmos a justiça de Deus, a sua bondade a sua graça e o seu amor para com todas as pessoas. Fé sem revelação de obras, de atitudes não é fé é a confissão que continuamos na carne.