Na oração do Pai Nosso, ele nos ensinou o seguinte: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;” (Mateus 6:12, BEARA), depois ele afirmou: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará;” (Mateus 6:14, BEARA). Depois, ensinando aos díscipulos sobre o quanto se deve perdoar, ela folou a Pedro, que não deveria ser sete vezes; mas setenta vezes sete; e então contou uma história sobre perdão, que concluiu conforme abaixo: “Então, o seu senhor, chamando-o (o servo que tinha sido perdoado), lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida (uma dívida impagável em prata) toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.” (Mateus 18:32-35, BEARA).
Quanto ao perdão, Deus nos deu o exemplo de como perdoar. Pois antes mesmos da nossa queda (ato de rebeldia quando ao seu plano e vontade), Ele já tinha preparado o caminho da rendenção, através de Cristo Jesus, na cruz. Ele não nos concedeu o perdão, porque nós reconhecemos o nosso erro. No arrependimento, nós tomamos posse, usufruirmos do perdão concedido; que foi muito antes de nós mesmos nascer.
Agora, a condição de conceder para receber o perdão de Deus, não seria muito pesada na oração expressa e nas palavras proferidas por Jesus? Não seria algo contraditório? Como ele não nos perdoaria, se já perdoou? O que temos que aprender?
A primeira coisa que precisamos compreender que o perdão não é para quem nos ofende; mas sim para nós mesmos. O poder do perdão atua não no ofensor; mas no ofendido. O perdão nos libera, nos cura e não deixa o mal dominar as nossas vidas. Quando perdoamos; o mal não irá nos consumir. Precisamos compreender que perdoar é esquecer, é apagar. O ofensor poderá tomar posse deste perdão, quando tomar conhecimento da sua ofensa (se tiver consciência). Se não compreender a ofensa; ele nunca irá receber o perdão, independente do quanto fomos ofendidos.
Deus nos dá o exemplo e revela a sua natureza. Nele não vemos e nem encontramos o mal. Por isso, o que nos falta é entendimento quanto ao perdão, quanto a reconciliação com Deus. Não seremos julgados no futuro; mas sim, já fomos condenados, afastados, e estamos mortos, quando cometemos o ato de rebeldia e queremos nos manter longe de Deus. Está é a questão; o perdão, quando tomamos posse é o momento que podemos reconciliar com o Criador; é o nosso reconhecimento do perdão concedido.
Agora, quando não perdoamos as ofensas dos outros, o que de fato está sendo mostrado e revelado para nós é que ainda não amadurecemos, não compreendemos e que continuamos a viver segundo a natureza humana e não a natureza de Deus. E nesta atitude a vida de Deus não se revela em nós e nem através de nós, revelando a vida e a natureza de Deus.
Precisamos aprender a liberar perdão, não por uma condição de não receber perdão; mas sim, como condição para revelar que compreendemos o perdão recebido de Deus e porque temos a vida de Deus. Isto não depende do ofensor; mas é uma atitude do ofendido. Por isso, quando não perdoamos; é porque não compreendemos o perdão recebido de Deus e nem temos revelado a vida de Deus e nós mesmos não temos compreensão do perdão recebido.
Não revelamos a vida de Deus porque não nos convertemos, e não compreendemos o propósito de Deus; ou porque ainda somos como crianças espirituais, continuamos a viver como carnais e não estamos no caminho da santificação, processo que é normal para qualquer pessoa que entrega a sua vida para Jesus Cristo. Isto por que? Porque está escrito que sem santificação ninguém verá a Deus.
Mas por que, Se a santificação não é para Deus, mas para as pessoas a nossa volta por que devemos buscar a santificação. Porque na santificação revelamos Deus aos homens, nela aprendemos a ter a mesma atitude e a revelar o caráter de Deus que nos é concedido no novo nascimento. Precisamos entender que a santificação não é uma obrigação; mas sim, algo natural, normal na vida de quem conhece a Deus.
Quando recebemos a vida de Deus, e andamos com Deus, então perdoar passa a ser algo normal; não uma condição, não uma opçõa; mas natural pelo que somos.
Você precisa fazer login para comentar.