Paulo escrevendo aos irmãos de Corinto em sua segunda carta, no capítulo nove, afirma: ” E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus. Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus, visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos, enquanto oram eles a vosso favor, com grande afeto, em virtude da superabundante graça de Deus que há em vós. Graças a Deus pelo seu dom inefável!” (2 Co 9:6-15).
Precisamos compreender certas coisas que estão ligadas ao fato de sermos filhos de Deus, de termos recebido a reconciliação pela graça por meio da fé em Jesus, de termos sido feitos novas criaturas, que nascemos de novo, que recebemos da natureza, da vida de Deus, que fomos libertos do poder das trevas e transportados para o reino de Deus para revelarmos as Suas virtudes aos homens.
Não se trata de uma opção, de escolha, de alternativa, mas de ser e revelar quem somos, só isso. Manifestar as virtudes de Deus é uma obrigação natural de quem é filho. Se não o fizermos estamos negando quem somos, negando a Deus, Suas obras e a Sua vontade para a nossa vida. Precisamos ter isso claro em nossa mente já esclarecida sobre vários aspectos. Não faz parte da nossa vida, da natureza que recebemos qualquer atitude e pensamento humano que seja carregado de egoísmo, orgulho, arrogância, avareza. O que temos, o que recebemos provêm de Deus para administrarmos e o nosso papel como despenseiros da multiforme graça de Deus é usar tudo que está em nosso poder para manifestar e revelar a Deus.
Como sabemos se temos cumprindo a vontade de Deus e sido filhos? Quando analisamos as obras que realizamos. Isto é, somos capazes de deixar de comprar algo que gostaríamos muito para o nosso gozo e proveito, para ajudar alguém, para suprir uma necessidade, uma fome. Somos capazes de deixar de comprar um roupa, porque não precisamos, e gastarmos o recurso em cestas de alimentação para ajudar famiílias que estão sem emprego e passando fome? Somos capazes de dividir, repartir a nossa roupa com quem está precisando, fazendo doação de coisas que ainda usamos, e não restos?
Somos capazes de deixar de comer em restaurantes, irmos a bares, simplesmente para ajudar a quem precisa? Isto não se trata de uma imposição, de um dogma, de uma ordenaça, mas sim, de compreendermos quem somos, e por liberalidade, tomamos a decisão de fazer o que expressa o amor de Deus pelas pessoas.
A abundância não é para ser usada em benefício próprio, mas sim, para ser uma expressão da generosidade de Deus para com outras vidas. Não estamos discutindo aqui dízimos e ofertas, mas atitudes para com aqueles que estão próximos de nós, e que muitas vezes fechamos os olhos e não compreendemos que Deus está usando aquela situação para nos ensinar, para nos levar a sermos semelhantes ao Seu filho. Santifiquemos os nosso procedimentos, corramos rumo ao nosso destino.