Preocupados com a aparência de santos

Jesus, fazendo um alinhamento com os fariseus, afirmou o seguinte: “O Senhor, porém, lhe disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade.  Insensatos! Quem fez o exterior não é o mesmo que fez o interior?  Antes, dai esmola do que tiverdes,  e tudo vos será limpo.  Mas ai de vós,  fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus;  devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas.” (Lucas 11:39-42, BEARA)

Qual o pior evangelho que podemos propagar neste mundo? O mesmo tipo de religião que os fariseus divulgavam na época de Jesus. Uma grande preocupação como o exterior, com a aparência de puro, de santo. Não devemos nos preocupar com o jeito de falar, com a maneira de orar, como nos vestir para determinadas ocasiões, como nos comportarmos diante de certas pessoas. Mas, ao sairmos do “templo”, da “paróquia”, da “igreja”, ou melhor, do “lugar santo” onde fomos encontrar Deus, voltamos aos nossos velhos hábitos e práticas.

Negamos a Deus pelo que fazemos, não pelo que falamos. Precisamos entender que as pessoas estão olhando, não o que falamos, mas, captando as nossas atitudes, ações e reações diante das pessoas.

Não podemos agir como os “religiosos” da época de Jesus, que falavam de uma preocupação extrema com a aparência da lei, dos ensinos, mas não focavam e nem valorizavam os verdadeiros valores e virtudes do Criador, que eram a justiça e o amor. Estes não podem ser expressados na aparência, mas requerem uma transformação de entendimento e um novo coração. Deus deseja que expressemos o novo coração que nos foi dado por Ele, por isso, a expressão do novo nascimento, que se dá pelas obras que realizamos, que temos que manifestar a Sua justiça e o Seu amor, que precisam ser externados.

Para que revelemos a verdadeira justiça e o amor, precisamos compreender que temos que morrer para nós mesmos, reconhecermos que fomos feitos novas criaturas, que recebemos o poder do alto para vivermos neste mundo da maneira que agrada a Deus. Tendo este entendimento não podemos viver a religião de Deus com base em aparência de mandamentos, mas, na expressão de uma realidade transformada pelo Espírito Santo. Fomos reconciliados para vivermos e expressarmos o reino de Deus neste mundo a todas as pessoas.

Não podemos ser como diz o velho ditado: “por for fora, bela viola, mas por dentro, pão bolorento”. Que o Senhor nos conduza ao entendimento do evangelho que temos que revelar ao mundo por meio de nossas ações relacionados à Sua justiça e ao Seu amor.