O que ouvimos e o que temos desejado ouvir?

Paulo escrevendo a Timóteo, determina, conclama, o seguinte: “Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que julgará todos os seres humanos, tanto os que estiverem vivos como os que estiverem mortos, eu ordeno a você, com toda a firmeza, o seguinte: por causa da vinda de Cristo e do seu Reino, pregue a mensagem e insista em anunciá-la, seja no tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda, anime e ensine com toda a paciência. Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir.” (2 Timóteo 4:1-3, NTLH).

Por isso precisamos refletir sobre o tipo de ouvinte somos e que tipo de proclamadores da vontade de Deus somos também. Caso estivermos sendo ministros indolentes com relação à vontade de Deus, se estivermos buscando os favores dos homens, preocupados em perder receita, estando somente desejosos de ver pessoas à nossa volta, mas não nos preocuparmos com a formação, ensino e com a condução de cada um ao crescimento e amadurecimento, conhecimento pleno de Cristo, à maturidade para que cada um seja um cristão que possa influenciar vidas neste mundo, estamos fora da vontade e do querer de Deus. Assim, também, se o que estamos buscando ouvir são somente palavras que agradam o nosso coração segundo o pensamento deste mundo, cheios de egoísmo, preguiça, falta de compromisso com vidas, estamos também, sendo somente religiosos e distantes da vontade de Deus.

Precisamos compreender o nosso papel neste mundo, precisamos entender a importância da santificação, do tornar santo o procedimento e revelar as virtudes de Deus por meio de nossas obras. Existimos neste mundo e devemos nos comprometer com Deus, com o Seu reino e no cumprir da Sua vontade. Qualquer pensamento, atitude e ação que não seja voltado para o reino, para o engrandecimento de Deus, para a Sua expressão em nossas vidas, estamos sendo somente religiosos. Existimos e devemos nos preparar para sermos vasos de honra, para sermos usados por Deus em favor do Seu reino e manifestação daquilo que Ele é. Temos a incumbência de praticar as obras de justiça de Deus, é nosso papel revelar misericórdia, graça, amor e bondade com as pessoas. Não devemos carregar qualquer sentimento de egoísmo, acepção de pessoas, orgulho, arrogância. Não podemos deixar de fazer o bem para as pessoas, independente de quem são ou do que possam estar fazendo para nós. Não se trata de odiar aquele que nos persegue, mas demonstrar graça, como Paulo escreveu em sua carta aos Romanos. Precisamos dar de beber ao inimigo se ele estiver com sede, alimentá-lo se estiver com fome. Assim cumprimos as Escrituras e os mandamentos do Senhor.

Temos que parar de olhar para nós, nossas necessidades, nossas aflições e lutas. Elas fazem parte da vida, e são instrumentos de Deus para nos abençoar. Precisamos entender que o nosso objetivo de vida não é juntarmos riquezas, mas usá-las para ajudar, para repartir. Ajudamos as pessoas não quando tivermos, mas por termos somos capazes de repartir, ou o que temos recebido temos usado somente para nós e nossos prazeres. O que temos ouvido tem nos incentivado a sermos cristãos, ou a voltarmos para nós mesmos? Tem nos levado a abandonar o pensamento do mundo, as atitudes desta vida? Ou nos incentivado a sermos mais um cidadão deste mundo cheios de egoísmo? Nos agrada ouvir palavras que incentivam o acumular para nós? Ou o que ouvimos nos leva a repensar o nosso posicionamento perante a obra e a vontade de Deus?

Que possamos nos comprometer com o nosso Deus em querer ouvir e compreender a Sua vontade e a ela nos sujeitar para que o Seu nome seja glorificado.