Confirmar o chamado de Deus

Precisamos sim, cada vez mais confirmar o chamado, confirmar que somos em Deus e a Sua obra em nossa vida como Pedro escreveu em sua segunda carta: “Portanto, meus irmãos, procurem ficar cada vez mais firmes na certeza de que Deus os chamou e escolheu. Se vocês fizerem isso, jamais abandonarão a fé e assim receberão todo o direito de entrar no Reino eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2 Pedro 1:10-11, NTLH).

Confirmamos o chamado, a vocação, quando revelamos quem somos e quando compreendemos a obra que Deus fez, quando cremos em Sua palavra, conscientes de que Ele nos fez filhos, e tendo esta consciência, este entendimento, nós fazemos as Suas obras. Precisamos entender que primeiramente SOMOS, somos o que Deus fala que somos por meio de Sua palavra. E porque Ele falou, nós CREMOS. Cremos não porque temos a força para isso, mas porque recebemos a fé que procede de Deus. Cremos porque conhecemos a Sua palavra e sabemos que Ele não mente. Crendo em Deus e compreendendo que fomos chamados para revelar quem somos, e revelarmos o Deus de nossa vida, não temos outra coisa que fazer que não seja realizar as Suas obras.

Como fazemos isso? Como realizamos as obras de Deus? Compreendendo que recebemos de Dele tudo que precisamos para viver uma vida que Lhe agrada, andamos por fé, baseado na Sua palavra e na certeza da habilitação recebida, para podermos rejeitar toda paixão e pensamento vindo da natureza humana.

Vivemos a vontade de Deus, revelamos que Ele é quando, como Pedro esqueceu, adotamos a prática de observar estes aspectos nas nossa ações: “Por isso mesmo façam todo o possível para juntar a bondade à fé que vocês têm. À bondade juntem o conhecimento e ao conhecimento, o domínio próprio. Ao domínio próprio juntem a perseverança e à perseverança, a devoção a Deus. A essa devoção juntem a amizade cristã e à amizade cristã juntem o amor. Pois são essas as qualidades que vocês precisam ter. Se vocês as tiverem e fizerem com que elas aumentem, serão cada vez mais ativos e produzirão muita coisa boa como resultado do conhecimento que vocês têm do nosso Senhor Jesus Cristo.” (2 Pedro 1:5-8, NTLH).

Precisamos destas qualidades em nossa vida, precisamos revelar cada uma através dos relacionamentos que temos com qualquer pessoas, sem restrição, sem regras; pois como filhos de Deus, revelamos as mesmas obras que Ele. Por isso, precisamos entender que a bondade, o domínio próprio e o amor não procedem de nós, mas de Deus, pois são derramados abundantemente em nossas vidas e é o fruto do Espírito revelado em nossas obras. O conhecimento é decorrente de andarmos com Deus, lendo, meditando e refletindo em Sua palavra, fazendo isso, com humildade, na dependência do Pai e Ele nos conduzirá ao pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. E perserveramos porque conhecemos a palavra e as promessas. Mesmo quando tudo parece escuro, sem sentido, mesmo quando parece que Deus não está conosco, lembrando o salmo 23 “pelo vale da sombra e da morte”, sabemos que Ele está conosco e nos conduz a pastos verdejantes. Perseveramos não porque damos conta, mas porque confiamos na palavra do Senhor. Como resultado da devoção, do amor voltado para o Senhor, compreendemos que somos parte de um corpo, que não estamos sozinhos, que não somos indivíduos, mas parte de um corpo, membros uns dos outros, e que nossas vidas devem ser voltadas para a amizada, para suprir a necessidade uns dos outros, para repartir, ser suporte, instrumento de edificação e amadurecimento uns dos outros. E esta amizada se expressa pelo amor que procede de Deus. Amor que se oferece, que se coloca a serviço do outro para que haja crescimento e amadurecimento, para que todos cheguem à perfeita varonilidade, a medida da plenitude de Cristo.

Compreendemos que isto tudo, estes passos, estas considerações nada mais são que corrermos a nossa carreira rumo ao nosso destino, que se trata do processo de santificação dos nossos procedimentos, que se trata de sermos semelhantes a Jesus.

Não podemos nos deixar corromper, não podemos esquecer quem somos em Deus, não podemos esquecer o nosso papel e função no corpo. Não existimos e não estamos aqui para buscar os nossos interesses, nem para cumprir a nossa vondade e nem atingirmos os nossos sonhos pessoais. Existimos para revelar e manifestar Deus em nossas vidas para que outras vidas O conheçam e para que sejamos instrumentos para levá-los ao amadurecimento e conhecimento da vontade do Pai. Precisamos, a cada dia, a cada instante confirmar o nosso chamado.