Não ser cúmplices das ações

Paulo em sua carta aos Efésios afirma o seguinte: “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz  (porque o fruto da luz  consiste em toda bondade, e justiça, e verdade),  provando sempre o que é agradável ao Senhor.  E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas;  antes, porém, reprovai-as.” (Efésios 5:8-11, BEARA), e aos servos, ele afirma: “não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus;  servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens,  certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre.” (Efésios 6:6-8, BEARA).

Precisamos entender a extensão do que significa ser servo no contexto de nossa vida. Em sua carta ele se refere aos trabalhadores, hoje, os servos são os assalariados, os prestadores de serviços, as empresas que prestam serviço para a sociedade. E nós neste contexto, devemos compreender que sendo assalariado, um prestador de serviço, ou mesmo proprietário de uma empresa, não podemos prestar um serviço às pessoas que não esteja alinhado com a verdade e a vontade de Deus. E na igreja, teria alguma impacto? Sim, pois Paulo, afirma que temos que ser servos uns dos outros. E sendo servos uns dos outros, não temos razão para apresentar “duas caras”. Temos que honrar e respetiar a todos.

Quando somos cúmplices das obras das trevas? Quando agimos segundo o pensamento deste mundo, quando em nosso coração não nos preocupamos com os valores e com a vontade de Deus pelo fato de sermos expressão do Deus vivo e verdadeiro.

Ser cúmplice envolve toda e qualquer ação que possamos estar envolvidos, como: mentir, sonegar um impostos, desobedecer as leis que primam pela segurança do indivíduo e da sociedade. Também podem ser incluídas ações como: enganar as pessoas, omitir fatos, não honrarmos uns aos outros, caluniarmos, sermos hipócritas, “darmos um jeitinho” quando compreendemos a lei, quando não reconhecemos o esforço de um irmão e não tratamos com respeito e honra o que ele faz.

São só estes aspectos? Não! Qualquer coisa que façamos que seja contrário à natureza de Deus, que conscientemente sabemos que não agrada ao Pai, devemos e temos que nos afastar, não praticar. E como o próprio Paulo falou: admoestar, corrigir, trazer entendimento. Exigir que façam? Não, não podemos, pois isto depende da consciência do amor de uns para com os outros e para com o nosso Deus, na responsabilidade que temos de expressar quem Ele é, mas principalmente a consciência de quem é, o que recebeu de Deus.

Agora, precisamos ter a confiança como ele afirmou em sua carta: ” Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la  até ao Dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1:6, BEARA). Temos que com brandura, com discernimento e muita sabedoria falar e viver a vontade de Deus, plantar a semente para que em cada coração possa gerar os frutos que O agradam. Precisamos entender o que significa ser imitador de Deus como filho amado. Precisamos ter consciência da nossa origem, de quem somos e como devemos nos portar neste mundo.