Podemos ficar tranquilos quanto ao pecado?

Refletindo sobre a passagem de Jeremias e o que Paulo escreveu aos romanos, vemos uma harmonia quanto a graça, ao perdão e reconciliação recebidos: “Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente,  queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis,  e depois vindes, e vos pondes diante de mim nesta casa que se chama pelo meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações!” (Jeremias 7:9-10, BEARA) e Paulo escrevendo afirma: ” Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?  De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado,  nós os que para ele morremos?  Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados  em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?  Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” (Romanos 6:1-4).

Podemos ficar tranquilos, tendo o entendimento da salvação, compreendendo que recebemos por causa da graça de Deus por meio da fé, e permancermos em uma vida de pecado? Vamos reforçar novamente e ter o entendimento claro que pecado é viver fora, de maneira contrária à natureza de Deus.

Uma vida de egoísmo, voltada inteiramente e completamente para si mesmo, é uma vida conforme a natureza de Deus? Não. O egoísmo é pecado, é uma atitude e prática de vida contrária à natureza de Dele. Não segue o exemplo e nem o padrão de Deus, pois não expressa o amor, não é capaz de expressar graça, compaixão e misericórdia. Podemos dizer que conhecemos a Deus e andarmos neste mundo de forma egocêntrica?

Podemos chamar de armadilha, podemos dar o nome que quisermos, mas é uma vida de pecado, e quem experimentou a graça, quem foi reconciliado com o Criador não pode viver uma vida de pecado. Pecado é pecado em qualquer lugar, de qualquer forma, em qualquer língua, mesmo que queiramos dar um alívio, isto não é possível. Quem experimentou a graça não pode viver uma vida de pecado.

Não podemos nos submeter à natureza humana, não podemos nos submeter ao poder e nem ao domínio do pecado. Precisamos entender que morremos, fomos libertos desta escravidão, tivemos a vista restabelecida, agora, para vivermos em novidade de vida.

Não se trata de palavras, de alívio de consciência, não se trata de com quem andamos, ou o quão religiosos somos, mas, de natureza, de revelarmos quem somos, de uma vida de obediência, de andar segundo o coração de Deus, segundo a Sua justiça, com toda integridade e reverência diante de Deus e dos homens.

Podemos dizer que conhecemos a Deus e continuarmos a viver uma vida cheia de egoísmo? Do pensar só em nós? Não, não podemos. Temos que fazer morrer a natureza humana. Andar e viver segundo a natureza de Deus é uma decisão que tomamos tendo o conhecimento da libertação, da operosidade da graça, da manifestação da justiça de Deus por meio de Jesus Cristo na cruz. Tendo sido salvos, por meio da fé em Jesus Cristo, por causa da graça de Deus, não nos resta forma de viver que não seja andando segundo a Sua vontade, expressando e manifestando as Suas virtudes.

Que compreendamos que não dá para viver no pecado e na presença de Deus ao mesmo tempo! E nem te-los junto no mesmo lugar. Somos templo, morada de Deus.