As promessas a seguir foram dadas a Israel, mas são efetivadas plenamente através de Cristo, quando nos concede da Sua vida: “Curarei a sua infidelidade,  eu de mim mesmo os amarei, porque a minha ira se apartou deles.  Serei para Israel como orvalho,  ele florescerá como o lírio e lançará as suas raízes como o cedro do Líbano.  Estender-se-ão os seus ramos, o seu esplendor será como o da oliveira, e sua fragrância, como a do Líbano.  Os que se assentam de novo à sua sombra voltarão;  serão vivificados como o cereal e florescerão como a vide; a sua fama será como a do vinho do Líbano. ” (Oséias 14:4-7) e em Jeremias podemos ler: “De longe se me deixou ver o Senhor,  dizendo: Com amor eterno eu te amei;  por isso, com benignidade te atraí.” (Jeremias 31:3).

Quando apartamos da infidelidade? Quando de fato honramos o Senhor através de nossos atos e de nosso andar neste mundo?

Somente deixamos de ser infiéis e honramos ao Senhor quando temos a consciência de quem somos e do que recebemos no Criador por meio de Cristo Jesus e Sua obra de Justiça revelada na cruz. Precisamos ter este entendimento, caso contrário, nunca experimentaremos a libertação que recebemos e permaneceremos vivendo uma vida de escravidão e não livres como fomos feitos na cruz.

Jesus, na cruz, na Sua  morte e ressurreição nos comprou por um preço muito alto. Na Sua obra, Ele nos libertou do poder e do domínio do pecado que nos conduz à infidelidade. Tendo sido feitos livres, precisamos viver plenamente esta liberdade que se realiza no plano do conhecimento (entendimento) e pela fé em Cristo Jesus de Sua obra realizada e da capacitação recebida.

Quando entregamos a nossa vida a Cristo, somos feitos filhos de Deus e somos libertos do poder do pecado que nos escraviza. Somos transportados do reino das trevas para o reino do Seu filho,  agora para vivermos em novidade de vida. Somos feitos filhos, recebemos da natureza de Deus, da Sua vida, fomos capacitados para viver uma vida que Lhe agrada (2 Pd 1:3-4). Fomos capacitados para viver como imitadores de Deus, por isso, somos convocados a sermos Seus imitadores (Ef 5:1).

Mas como podemos fazer isso, se tentamos todos os dias andar segundo a vontade de Deus? O fato está na consciência de que fomos libertos. Enquanto acharmos que o pecado nos prende e nos impede de viver a vontade de Deus nos manteremos na condição de escravos, mesmos tendo sido feitos livres. Precisamos desta consciência, e tendo a consciência de filhos, de natureza, do novo coração que recebemos, então estamos prontos para a jornda de amadurecimento.

Fica ainda a pergunta: é fácil? Não. É uma jornda de entendimento, de prática e requer de nós diligência, perserverança, muitos tombos, e principalmente, perserverança e o esforçar no conhecimento da vontade de Deus. Sem conhecimento, sem entendimento, não podemos chegar a lugar algum. Mas o conhecimento, associado à fé, gera em nós o compromisso de cumprir a nossa jornada neste mundo, sendo proclamadores das virtudes de Deus, em palavras e em obras, de maneira que olhando em nós, vejam o Deus que conhecemos e vivemos. Não se trata de perfeição, mas sim, de expressão de quem somos. E revelamos a Deus, não pelas vitórias, mas através dos nosso pontos fracos, de nossas quedas, quando revelamos de fato, através de nossa reação, os valores do reino de Deus.

Precisamos entender que a cura de nossa infidelidade está no conhecimento, compreensão e consciência de quem somos e da obra realizada por Deus em nossas vidas. Por isso, não desanimemos, mas perseveremos no conhecer o nosso Deus e no submeter à Sua vontade, fazendo morrer a natureza humana para a glória e louvor do nome do Pai.