Para onde caminhamos? Temos caminhado como a nação de Israel na época de Oséias? Temos praticado uma vida semelhante? Temos corrompido o nosso coração com as coisas e valores deste mundo? Estamos amarrados a ensinamentos e valores de homens que não traduzem a vontade de Deus? E o que temos ensinado?
Estes são pontos que precisamos refletir em todo o tempo, pois uma vírgula, um ponto, um ensinamento distorcido leva o povo para longe do propósito e do querer de Deus no que tange ao papel e responsabilidade da igreja perante o mundo. As palavras do Senhor por intermédio de Oséias à nação de Israel foi: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Quanto mais estes se multiplicaram, tanto mais contra mim pecaram; eu mudarei a sua honra em vergonha. Alimentam-se do pecado do meu povo e da maldade dele têm desejo ardente. Por isso, como é o povo, assim é o sacerdote; castigá-lo-ei pelo seu procedimento e lhe darei o pago das suas obras.” (Oséias 4:6-9), também, afirmou: ” O seu proceder não lhes permite voltar para o seu Deus, porque um espírito de prostituição está no meio deles, e não conhecem ao Senhor. ” (Oséias 5:4).
Até quando manteremos o povo na ignorância da vontade de Deus e não ensinaremos a Sua vontade para que haja por meio da igreja a expressão da Sua vontade e do Seu reino? Até quando continuaremos a trazer ensinamentos vãos, palavras doces, promessas que não podem se concretizar na vida das pessoas porque não traduzem a vontade e nem as palavras do Senhor Jesus para a Sua igreja e para os Seus discípulos? Por que temos torcido conceitos e falado de uma vida abundante quanto a aspectos materiais? Por que existem promessas de riqueza enquanto que não são estas as palavras do Senhor? Por que vivemos e queremos agradar e falar o que as pessoas desejam ouvir, como crianças, mas não entregamos o que de fato elas precisam para serem instrumentos úteis ao reino de Deus?
Até quando vamos ensinar religião e não a verdadeira vida do reino? Não podemos continuar a pregar um reino que não é uma realidade, falar de uma vida que não traduz as palavras do Senhor. Precisamos conhecer o Senhor, precisamos conhecer a Sua vontade, sermos Seus imitadores, mas segundo o fundamento daquilo que foi a Sua vida e não segundo o que pensamos, desejamos, mas, conforme é a promessa que Ele fez.
Assim como em Oséias, foi convocado ao conhecimento de Deus, assim precisamos ser em nossos dias: ” Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Oséias 6:3).
Agora o que precisamos entender da igreja e da vida com Deus? Vida abundante? Sim, Cheio de riqueza? Não. Riqueza, vida sem problema, sem dificuldade não é uma promessa feita por Jesus, e Paulo é um exemplo claro de uma vida que sofreu e aprendeu em todas as condições. Vida cheia de paz? Sim, abundantemente. Sem perseguição e problemas? Não, muito pelo contrário, pois as Suas palavras são claras: que os Seus discípulos padeceriam perseguição. Isto acontece, quando cumprimos o nosso papel. Vida com os desejos atendidos? Vida material plena não está em nenhuma promessa do Senhor, mas um reino que já nos foi concedido, bençãos já dadas nas regiões celestiais.
Precisamos entender que como igreja, como cidadão do reino, não vivemos para este mundo e nem segundo os valores deste mundo. Vivemos conforme a natureza de Deus, para o Seu inteiro agrado. Assim como Ele fez, devemos agir como Seus imitadores. Dar a nossa vida em favor dos outros, não em nosso favor. Vivermos para que as pessoas conheçam a Deus, oferecer-nos como sacrifício vivo, abrir mão de nossos interesses em favor do outro para que conheçam a Deus. Quando fazemos assim, aprendemos a conhecer e a compreender a natureza de Deus e as palavras proferidas pelo nosso Senhor Jesus.
Precisamos entender que o nosso papel neste mundo, como indivíduo, e como igreja principalmente é levar as pessoas ao conhecimento de Deus, por isso precisamos abandonar tudo que seja da natureza humana e vivermos plenamente segundo os valores do reino, abandonando tudo que seja contrário a vida de Deus, tornando santo o nosso procedimento, mas jamais esquecendo da carreira que nos é proposta para que alcancemos a maturidade e a semelhança com o nosso Senhor Jesus.
Podemos ser infiéis? Não, longe disto, pois não traduz o amor que temos que expressar pelo Senhor, pela Sua igreja, e nem pelo reino de nosso Deus.